Incontinência urinária feminina

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Atualmente, aproximadamente cerca de 60% das mulheres acima de 45 anos sofrem de algum tipo de incontinência urinária 

Trata-se de uma condição que afeta dramaticamente a vida social da mulher, gerando problemas com o bem-estar físico, emocional, psicológico e principalmente social. Muitas deixam de realizar atividades cotidianas que possam afastá-las do banheiro por algum tempo. Por esta razão, é muito importante saber que a grande maioria das causas de incontinência pode ser tratada com sucesso.
As mulheres acima de 45 anos têm mais chance de desenvolver incontinência urinária em comparação com os homens adultos devido à anatomia do trato urinário feminino e também do estresse causado por diversas causas, como a gravidez, parto e menopausa. Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter (músculo que funciona como uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina). A maioria das pessoas possui completo controle sobre esse processo, permitindo o enchimento da bexiga entre 400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas urinárias. Na fase de enchimento, a bexiga está relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento da bexiga, é necessária uma perfeita coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter.
A parte mais baixa da bexiga ou o colo está cercada por um músculo que é o esfíncter urinário, que por sua vez, permanece contraído para fechar o canal que transporta a urina para fora do corpo. Dessa forma a urina fica retida na bexiga até que esteja cheia. As “mensagens” que são enviadas da bexiga vão ao longo dos nervos até à espinal medula para depois chegarem ao cérebro. A pessoa recebe a consciência da urgência de urinar nesse momento. Ela pode decidir de forma consciente e voluntariamente expulsar a urina da bexiga ou não. Ao urinar, o músculo do esfíncter relaxa-se, deixando que a urina saia através da uretra ao mesmo tempo que os músculos da bexiga se contraem para empurrar a urina para fora.

Exemplos comuns
Incontinência de esforço – Pode ser devida à fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Nesta circunstância pode ocorrer vazamento de urina quando você faz qualquer atividade que força o abdômen, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar. Algumas pacientes vão com muita frequência ao banheiro para manter a bexiga sempre vazia e diminuir a chance de acidentes. Muitas evitam exercícios físicos com o mesmo objetivo. A maioria permanece seca à noite, mas podem molhar-se ao levantarem para ir ao banheiro.
Urge-incontinência – Resulta quando a bexiga contrai-se sem a sua vontade e por isso também recebe o nome de bexiga hiperativa. O individuo pode ter a sensação de que precisa correr para o banheiro, mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina. Por vezes, pode perder urina sem que haja nenhum sinal antes. Algumas pacientes vão ao banheiro com intervalos muito curtos e acordam várias vezes durante o sono para esvaziar a bexiga.
Incontinência mista – Corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência descritos acima (de esforço e urge-incontinência).
Enurese noturna – É a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.

 

Qualidade de vida
A incontinência urinária é um problema que pode interferir nas atividades diárias e qualidade de vida da mulher

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