Lombalgia ou dor lombar

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 Cerca de 80% da população tem ou terá esse tipo de dor em algum momento                                                                      da vida

Neurocirurgião especialista em dor e distúrbios do movimento
CRM-SP: 89.407

São chamados de lombalgia ou dor lombar – ou ainda dor lombar baixa, do inglês low back pain – os quadros de dor na região entre as últimas costelas e a bacia, podendo ou não se estender para glúteos e membros inferiores. As lombalgias podem ser associadas ou não a dores ciáticas e às dores são irradiadas para glúteo, coxa, perna e/ou pé.
Segundo a OMS, 80% da população tem ou terá em algum momento da vida esse tipo de dor. O número tende a subir com o envelhecimento gradativo. No Brasil, 50 milhões de brasileiros por ano apresentam tal queixa. Os sintomas vão desde ligeiros desconfortos, dores, queimações, crises com “travamentos” até incapacidade de ficar com o corpo ereto para caminhar ou manter-se em pé.
A maioria das lombalgias é considerada aguda, aparece de forma rápida. Muitas vezes, são reversíveis com repouso. Mas a frequência tende a aumentar com o envelhecimento. As crises ficam mais intensas, tornando-se um problema crônico. Dentre as possíveis causas, as mecânicas (excesso de peso, má postura, movimentos bruscos, etc.), inflamatórias, nervosas e reumáticas.
O sedentarismo e a flacidez muscular também podem provocar dores fortes e transitórias. Mas um dos maiores causadores de dor lombar baixa é a degeneração dos elementos da coluna. Entre eles, está o disco intervertebral, que funciona como um amortecedor das cargas que as vértebras sofrem diariamente. Com o passar dos anos, o disco envelhece e desgasta. É a degeneração discal.
Trabalhos que exigem muito tempo sentado ou em pé, carregamento de carga excessiva ou posturas não ergonômicas podem estar relacionadas à lombalgia. Fibromialgia, Doença de Parkinson, artrite reumática e espondilite anquilosante também causam o problema.
Usualmente o tratamento inicial é conservador, utilizando-se repouso, medicação analgésica e anti-inflamatória e fisioterapia. Passada a fase aguda, sugere-se reforço muscular orientado. Nos casos mais graves, cirurgias podem ser recomendadas. Mas para saber qual o melhor tratamento indicado, o paciente deve sempre procurar um especialista.

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