Em 1 de março de 1950, o Serviço Nacional da Indústria (Senai) iniciou sua trajetória em Bauru, formando milhares de profissionais ao longo de 65 anos em diversos segmentos da indústria. O local da unidade bauruense – que leva o nome de João Martins Coube – sempre foi o mesmo: o quarteirão entre as ruas Virgílio Malta, Manoel Bento Cruz e Azarias Leite – o início foi nesta última, com a expansão ao longo dos anos para o restante do terreno, hoje totalmente ocupado pelas salas de aula, laboratórios e auditório.
O diretor do Senai-Bauru, Ademir Redondo, explica que a unidade começou com foco na ferrovia, na época principal atividade econômica da cidade. “A área ligada a ferrovia era a principal. Com o tempo, foram surgindo outras demandas, com o setor automobilístico e mais recentemente a tecnologia gráfica, a construção civil e de acumuladores de energia, que atende às indústrias de baterias”, enfatiza.
O Senai conta com quatro cursos técnicos e seis de aprendizagem industrial em Bauru, todos gratuitos e com duração de dois anos – alguns no período diurno e outros à noite. Os cursos técnicos são para processos gráficos, manutenção automotiva, eletromecânica e edificações – estes dois últimos, inclusive, estão com inscrições abertas até o dia 16 deste mês, para processo seletivo que acontece em abril
Já os cursos de aprendizagem industrial são os de eletricista de manutenção, mecânico de usinagem, mecânico de automóveis, auxiliar de produção gráfica, assistente administrativo e mecânico de manutenção. “São 600 alunos ao todo nos seis cursos de aprendizagem, com 100% dos alunos contratados por empresas de Bauru e região, e mais 600 alunos nos cursos técnicos, sendo que praticamente todos saem daqui empregados”, cita Redondo.
“O Senai sempre procura acompanhar o mercado de cada região, justamente para formar em áreas com demanda, para que as empresas possam contratar pessoas da própria cidade”, afirma.
FORMAÇÃO INICIAL
Existem ainda cursos pagos, voltados para outro tipo de público. “São os chamados cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), que duram um semestre e, em geral, tem alunos que já trabalham naquela área e querem aperfeiçoar ou pessoas que estão em busca de novos horizontes”, destaca Redondo. “Somando todos os cursos, foram mais de 9 mil alunos formados no ano passado nas unidades da região ligadas a Bauru”, conclui.
O Senai é mantido pela contribuição social das empresas industriais e agroindústrias, que devem recolher a contribuição de 1% sobre o total da folha de salários pagos aos seus empregados.
Pioneirismo
Um dos grandes precursores da indústria bauruense dá o nome à unidade do Senai na cidade. João Martins Coube foi o fundador da Tilibra, empresa que, até hoje, está presente em Bauru, agora sob o comando de um grupo multinacional. A família Coube, contudo, segue atuando no setor gráfico.
Neto mais velho de João Martins que está em atividade, Ricardo Coube salienta o envolvimento da família com o Senai. “A gente sempre teve um vínculo próximo por questões empresariais, e o meu avô teve uma visão a frente de seu tempo. O legado dele foi importante, e é uma satisfação ver o Senai formando tanta gente”, destaca.
Fonte: https://m.jcnet.com.br/Geral/2018/03/mondelez-saira-de-bauru-anuncia-sindicato.html