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Saiba quem são os bauruenses por trás do crescimento do humor na cidade

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Stand-up vem do inglês e significa em pé, essa é uma das características da comédia de stand-up. Além de estar em pé, o comediante apresenta seu show sem nenhum sem acessórios, cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral. Um fator do stand-up comedy que o destaca de outros tipos de shows de humor é o texto totalmente original, feito pelo humorista, acerca de fatos do dia a dia.

Apesar de ter origem nos Estados Unidos, o Stand-up Comedy veio para o Brasil na década de 60 tem se popularizado cada vez mais com nomes como Bruno Motta, Danilo Gentili e Diogo Portugal. Aqui em Bauru não é diferente, a cidade já recebeu diversos comediantes do país todo e até tem um bar temático feito para comediantes se apresentarem.

O bauruense Danilo Ribas teve o primeiro contato com o stand-up em 2006 e, desde então, tem acompanhado os comediantes. “Sempre gostei deste tipo de humor e até se tornou um vício. Vejo muitos deles no Youtube – Afonso Padilha, Thiago Ventura, Marcelo Marrom, Murilo Couto, Patrick Maia, Renato Albani, Rogério Vilela, e por aí vai. Fora os que já estão com programas em TV como, Rafinha Bastos, Diogo Portugal e Danilo Gentili. Procuro me atualizar seguindo alguns Comediantes e vendo novas postagens de Comediantes mais novos”, conta.

Para a sorte de fãs como o Danilo, Bauru tem recebido muitos comediantes e Bruno Quintiliano não perde uma oportunidade. “Desde 2007 quando Rafinha Bastos surgiu no YouTube e em vídeos enviados por e-mail desenvolvi esse gosto. Aqui em Bauru, já fui em algumas apresentações como do Oscar Filho, do Rafinha Bastos, do Afonso Padilha e dos 4 amigos”, diz.

Mas não são apenas comediantes conhecidos que trazem o humor para a cidade, Bauru também tem diversos artistas que estão seguindo a carreira do stand-up e se apresentam na cidade e na região. Conheça três humoristas bauruenses:

Pablo Lagatta

“Nasci em Araraquara, porém moro em Bauru desde os meus 12 anos. Na verdade sou ator amador e faço mais peças de comédia na cidade há mais de 20 anos. Não fui eu que escolhi, o humor me escolheu devido às circunstâncias, à aptidão e por eu me adequar mais à comédia do que ao drama. Aqui em Bauru, ainda é um pouco difícil, pois o público ainda não está maduro com relação a esse estilo de comédia. Ainda somos marginalizados e vivemos na sombra dos humoristas da capital. Hoje, o stand-up com certeza é mais aceito, devido ao perfil do brasileiro que prefere a comédia. Também há a grande visualização pela mídia, tanto na televisão quanto no YouTube, principal divulgador desse tipo de arte. Nós, comediantes, fizemos o sentido contrário: começamos na internet e fomos para a TV. Com relação ao futuro, espero que possamos ter mais representantes e talvez uma linguagem mais com a cara do interior”.

Límerson Morales

“Morei em Curitiba no período da minha graduação em artes cênicas. Há uma diferença na forma como o público se envolve com trabalhos apresentados lá em relação aos trabalhos apresentados em Bauru. Apresentei meu show de humor em Curitiba num evento chamado Quintas Cítricas, voltado para o humor experimental, e tive a seguinte impressão em relação ao público: alguns se envolvem bastante enquanto outros se afastam quando ficam com a impressão de que não entenderam nada, mesmo que o humor em si cause mais aproximação. Em Bauru tive a oportunidade de fazer meu show de humor em diversas circunstâncias, lidando com públicos de bares, rua, teatro e eventos fechados, e acredito que cada show é sempre diferente do outro não só pela questão da cidade. Talvez em Curitiba, por ter mais espaços artísticos do que em Bauru, o público aparente ser um pouco mais relutante em se envolver, mas do meu ponto de vista a resistência é sempre a mesma em todos os lugares, a resistência ao estranho, ao desconhecido, ao que parece que não estou entendendo, ao que foge dos parâmetros ordinários de viver a vida. É possível viver do humor em Bauru, mas não é o meu caso. Tenho sempre que fazer muitas coisas ao mesmo tempo para sobreviver e à cada trabalho eu estou sempre me perguntando se conseguirei fazer o próximo. Acredito que o motivo possa ser o fato de que o meu trabalho com humor não é facilmente codificável no circuito de stand-up. Porque eu utilizo muitos elementos de stand-up, como o microfone, o jogo com a informalidade e o uso de texto próprio, mas quando me apresento com humoristas de outros estilos noto que a risada despertada no meu show é diferente, demora alguns segundos a mais. Então, como eu também trabalho com dramaturgia e encenação não me obriguei a encontrar uma estratégia de sobreviver apenas do humor. O que não significa que não aceito trabalhar com isso: me contratem, por favor. Como cada vez mais pessoas se mostram interessadas por fazer um trabalho diferente com humor, ainda acredito que veremos coisas novas acontecendo por aqui. A dificuldade é sempre não ter um espaço onde os humoristas possam trabalhar o seu material diante de um público ao longo do tempo. Hoje temos o primeiro Comedy Club de Bauru, na avenida mais elitizada da cidade, que aparenta dar uma luz nesse sentido. Mas ainda faltam alternativas de espaços e espaços que queiram arriscar mais diante de reais diversidades de propostas que existem na cidade.

Marcus Cirilo

Percebo que as pessoas interessadas no humor aqui em Bauru cresceu exponencialmente. Hoje, o bauruense vê o humor mais próximo dele. No Bartolomeu Comedy Club, por exemplo, nós fazemos shows toda semana com atrações diferenciadas e aí o pessoal fica mais aberto, porque antigamente não tinha isso aqui na cidade. Só quando vinha algum teatro, mas agora, como tem todo final de semana, o pessoal se animou mais. Muita gente não conhece e vai para descobrir, então está mais curioso. No começo da carreira, eu morava em Agudos e sempre sonhei em fazer show aqui em Bauru e ao longo da carreira eu comecei a vir pra cá. O Bartolomeu começou em fevereiro, mas ainda estamos engatinhando e fazendo algumas mudanças. Estamos muito felizes com a aceitação do nosso público, mas tem muita gente que não conhece e estamos intensificando o trabalho. Inclusive, tem muita gente que gosta de stand-up, mas ainda não sabe sobre o bar. Quem conhece o bar, está aprovando muito. A gente comenta na comédia que, quando o público é bom, ele é uma “mãe” e Bauru é uma coisa incrível! Os shows aqui são muito bons! Algumas cidades o público é mais tímido, não é tão aberto e aqui é sempre muito explosivo. No final de semana, passam em torno de 200 pelo Bartô”. final de semana.

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