A segunda fase do inquérito sorológico feito na cidade de São Paulo mostra que aumentou o número de alunos da rede municipal que tiveram contato com o vírus da Covid-19 e criaram anticorpos. Ainda nessa fase dos testes, foi possível observar um crescimento no número de crianças assintomáticas.
De acordo com o levantamento, quase 70% de crianças da rede estadual que tiveram contato com o novo coronavírus não apresentaram sintomas. O índice representa mais que o dobro de crianças que manifestaram sintomas. No estudo anterior, dois terços dos jovens eram assintomáticos.
O levantamento mostra que 25% das crianças e adolescentes da cidade em fase escolar moram com pessoas do grupo de risco. De acordo com a gestão de Bruno Covas (PSDB), os dados apresentados guiarão as decisões sobre a volta às aulas nas escolas.
“Esta segunda fase mostra, em primeiro lugar, um leve aumento da quantidade de crianças já imunizadas, de 16,1% para 18,3%. É preciso aguardar a próxima fase para saber se isso é uma tendência ou se o número vai permanecer entre estes dois índices. Mas ele confirma alguns dados da primeira fase, 70% das crianças são assintomáticas e 25% moram em residências com pessoas com mais de 60 anos. Portanto, a segunda fase mostra o acerto da decisão da prefeitura em não autorizar o retorno às aulas em setembro”, afirmou Covas em coletiva nesta quinta-feira (27).
Ainda durante a coletiva, Covas afirmou que a terceira fase do inquérito sorológico também será feita com alunos da rede particular de ensino. Só depois dos resultados, é que a prefeitura de São Paulo vai decidir se as aulas vão retornar ainda neste ano. “Entre 10 a 15 de setembro, nós devemos ter uma terceira fase deste inquérito, mas vamos abranger para alunos da rede estadual e o da rede privada da cidade de São Paulo. A partir dela, nós vamos decidir se teremos retorno das aulas neste ano”, finalizou.
(Edição: Leonardo Lellis)