Ainda sem vacina para imunizar a população, diversas empresas estão desenvolvendo objetos ‘anticoronavírus’. São produtos que inativam o vírus e impedem a contaminação. Cada um possui uma tecnologia própria, mas todos funcionam basicamente da mesma forma: quando o material entra em contato com o coronavírus ou algum outro vírus, ele elimina o microorganismo em questão de minutos.
Em Hortolândia, no interior de São Paulo, a empresa Embalixo desenvolveu um saco de lixo capaz de inativar 99% do coronavírus. O produto já está sendo comercializado em São Paulo e no Rio de Janeiro e a proteção é permanente.
“Temos uma procura muito grande e uma venda bem interessante. Acho que é o momento de se cuidar e qualquer tecnologia que possa amenizar esse sofrimento do dia a dia é válido”, afirma Rafael Costa, diretor comercial da Embalixo.
Camisetas e máscaras foram os produtos escolhidos pela marca Insider. A desativação do coronavírus no tecido acontece em até cinco minutos e, no caso da máscara, ela pode ser utilizada o dia inteiro, sem precisar trocar. Com esse novo nicho, a expectativa da empresa é triplicar o faturamento em 2020.
Tanto o saco de lixo quanto o tecido foram testados pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e têm eficiência comprovada.
“Nós estamos testando em torno de 20 diferentes produtos ou equipamentos por semana. Tem até equipamentos para filtrar o ar com luz ultra violeta, que é extremamente eficaz para limpar o ambiente”, disse Clarice Weis Arns, pesquisadora da Unicamp.
Na empresa Nanox, foram utilizadas prata e sílica na composição de fitas adesivas, que são capazes de eliminar 99% do coronavírus em dois minutos. Em máscaras, eles utilizaram um plástico flexível e já receberam o registro da Anvisa.
Já a empresa Nilfisk desenvolveu um robô que desinfecta áreas de até 7.000 m², que já está em uso no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. A máquina só necessita de interferência humana para programá-la e controlar questões de abastecimento de água e descarte de sujeira.
Criatividade para criar produtos não falta, mas os cuidados básicos continuam sendo as principais recomendações dos especialistas. “Distanciamento e uso de máscara são as coisas que mais funcionam. Outras medidas podem até funcionar paliativamente, mas o que realmente vai proteger contra a Covid-19 são essas medidas já bem divulgadas”, reforça o infectologista Renato Kfouri.