Rebelião e fuga | Bauru em alerta

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Imagens aéreas mostram a destruição no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) 3, o antigo IPA

Texto: Heitor Carvalho, Marcus Liborio, Marcele Tonelli, Vinicius Lousada e Redação

O antigo Instituto Penal Agrícola (IPA) de Bauru registrou rebelião e fuga de 80 a 100 de seus 1.430 reeducandos, durante a manhã desta terça-feira (24-1), segundo a Polícia Militar. Capacidade oficial é de 1.124, segundo a Secretaria das Administração Penitenciária (SAP).

Setenta e nove foragidos já teriam sido recapturados até o início desta tarde, estima a PM. Até 200 podem ter escapado. Um fugitivo teria se ferido com gravidade. Não há mortos.

O atual Centro de Progressão Penitenciária 3 (CPP-3) “Prof. Noé Azevedo” de Bauru está localizado no km 349 da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) – Bauru-Marília. Viaturas da PM estão por todo o local, assim como o helicóptero Águia da corporação.

O tenente coronel Flavio Kitazume (comandante do 4.o Batalhão de Polícia Militar) disse que a situação dentro da unidade está controlada e que a rebelião é caso isolado (ou seja, não há outras unidades prisionais nesta condição na região).

Ele destacou, ainda, que foram acionadas as forças policiais da região para apoio na recaptura dos foragidos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os internos colocaram fogo no setor de alojamentos do CPP-3 e o incêndio que começou a se espalhar pelo prédio. Os bombeiros estão no local para combater as chamas. Os três pavilhões chegaram a ser atingidos.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista (Sindcop), o motim teria começado depois que um agente viu um preso usando um telefone celular e tentou apreender o aparelho. Os outros presos da ala se revoltaram.

Whatsapp/Reprodução

Internos foram colocados no pátio do CPP-3 para recontagem durante fuga
Há a informação de que empresas das imediações (Distrito Industrial 3) fecharam as portas.

Algumas lojas do Centro da cidade também começaram a fechar.

A Câmara de Vereadores de Bauru está fechada desde às 11h por ordem do presidente Alexssandro Bussola (PDT) devido à falta de segurança.

A Prefeitura também fechou as portas por prevenção e retoma atendimento ao público a partir das 14h.

Os shoppings de Bauru seguem abertos, mas com alerta reforçado em segurança. Até porque alguns detentos, nas ruas, fizeram ameaças a quem encontravam pela frente. O Poupatempo fechou as portas. Escolas municipais remanejaram funcionários para outras unidades.

A maioria dos detentos cumpre pena por crimes relacionados ao tráfico de drogas, mas também há condenados por homicídio, roubo e furto.

O CPP-3 é uma das 136 unidades prisionais e um dos 15 centros de progressão penitenciária do Estado. Bauru ainda conta com outros dois CPPs e um Centro de Detenção Provisória (CDP).

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