Prefeitura não consegue alugar leitos e pretende ampliar o ‘mini hospital’

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Secretário de Saúde, Orlando Costa Dias quer aumentar leitos para pacientes graves no 'mini hospital', que funciona no PS / Crédito: Malavolta Jr.

Chamamento aberto pelo município a hospitais para contratar UTIs e enfermarias terminou ontem sem interessados

Terminou sem interessados o chamamento aberto pela prefeitura a hospitais de Bauru com foco na contratação emergencial e particular de 10 UTIs e 10 enfermarias voltados para Covid-19.  O processo teve início em 15 de fevereiro e acabou às 14h desta terça-feira (23). O recrutamento pretendia evitar a internação de pacientes do município fora da região do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS-6), diante de lotação da rede. Agora, a saúde municipal diz que apostará suas fichas na ampliação dos leitos do ‘mini hospital’ Covid-19 no Pronto-Socorro Central (PSC).

Na chamamento com dispensa de licitação, o município almejava pagar, com recursos próprios, até R$ 2.188,86 por diária de cada UTI e R$ 1.105,17 por dia de cada enfermaria, com previsão total de gastos na ordem de R$ 2,9 milhões por três meses (prorrogáveis). A utilização dos leitos, assim como o pagamento por eles, ocorreria conforme o uso.

O fluxo de internações seria definido pelo município junto ao DRS-6, por meio da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), mas a ideia era evitar que pacientes de Bauru fossem submetidos a longas viagens para internação fora dos limites da cobertura do departamento, diante de lotação da rede pública na região.

VALOR BAIXO

O chamamento tinha como alvo hospitais privados e públicos no limite territorial de Bauru, mas não houve interesse de nenhuma instituição. “Até esperávamos que isso ocorresse, porque o valor que conseguimos ofertar e está dentro da lei é irrisório. A diária de uma UTI completa para a Covid-19, hoje, tem girado em torno de R$ 7 mil. E, se aumentássemos, incorreríamos à improbidade”, comenta o secretário municipal da pasta, Orlando Costa Dias.

APOSTAS

Uma das apostas da saúde municipal, agora, é o investimento em adaptação do “mini hospital” Covid-19, que foi criado, no fim de janeiro, com a aglutinação do PS e do Posto de Atendimento da Covid-19 (PAC). O complexo possui, atualmente, 16 leitos para pacientes graves com suporte ventilatório (respiradores), que não são considerados UTIs por terem menos estrutura e caráter provisório. Nesta terça (23), cinco desses leitos graves estavam ocupados.

Há, ainda, outras dez vagas clínicas para a Covid, que, por contarem com rede de gases, podem receber respiradores. Costa Dias explica que remanejará setores internamente para tornar possível a instalação de mais equipamentos que a prefeitura possui em estoque.

“Estive conversando com médicos que acham que é viável melhorar as condições ali para conseguir tocar a pandemia pelos próximos seis meses. Nesse meio tempo, estamos negociando a ampliação. Mas, ainda preciso conversar com a prefeita e pensar em todas as alternativas”, comenta Dias.

A expectativa é de que, futuramente, o local se torne um hospital municipal para baixa e média complexidade, com setores como hemodiálise, ressonância, hemodinâmica. “Bauru precisa ter uma solução para o seu paciente. Não podemos mais ter morador daqui sendo levado para Presidente Prudente, Santo André, entre outras cidades”, finaliza o secretário.

Fonte: https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2021/02/750135-prefeitura-nao-consegue-alugar-leitos-e-pretende-ampliar-o–mini-hospital.html#.YDY7Cj9gYZg.whatsapp

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