Podcast cai no gosto da galera

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Laylla Fiore, de 22 anos, universitária:

Com grande leque de opções, formato de mídia em áudio vira febre entre bauruenses

A mania do podcast atingiu em cheio o ano de 2020. O que antes tinha um consumo segmentado, hoje caiu no gosto popular. Notícias, saúde, economia, meditação, entretenimento e muito mais! Existem arquivos em áudio na Internet sobre praticamente todos os interesses, distribuídos em um leque de opções crescente.

O podcast nada mais é do que um conteúdo em formato de áudio, difundido pela Internet. A principal diferença do rádio é que este produto é criado on demand (sob demanda) e fica disponível a qualquer hora, podendo o ouvinte/internauta escutar a hora em que bem entender. Ele é disponibilizado em diferentes sites, como o próprio JCNET (leia mais abaixo), e plataformas de streaming, a exemplo de Spotify, Deezer e Soundcloud.

Uma das adeptas da ‘podcastmania’ é a estudante de Jornalismo Laylla Paes Fiore, de 22 anos. “Agora, virou uma febre. Eu sempre gostei muito de ouvir música, mas acabei substituindo pelos programas”, conta.

Laylla é ouvinte assídua desde 2016, quando conheceu o Mamilos, projeto que discute temas polêmicos sob diferentes perspectivas. Produzido pela maior empresa especializada em podcast, a B9 Company, a audiência ultrapassa os 120 mil seguidores semanais. “Costumo ouvir programas de notícias, geralmente durante o caminho para o estágio. Gosto de ouvir programas curtos, mas não tenho problemas com os mais longos”, relata a jovem.

Já Lucas Scriptore, 22, estudante de Engenharia, utiliza desse meio para os estudos. “Gosto de aprender sobre economia, então, consumo conteúdos tanto em áudio quanto em vídeo. Vejo que há uma simbiose entre as mídias, uma complementa a outra”, declara. O podcast Primo Rico, um dos maiores sobre o tema de finanças, é o favorito de Lucas e tem cerca de uma hora de duração.

Diferente do perfil de Jhonathan Avante, 30, advogado, que utiliza os áudios como forma de concentração para trabalhar. “Meu ambiente de trabalho reúne bastante gente e acaba gerando barulho. Com o podcast, eu consigo me concentrar melhor, através de assuntos como política, esportes e atualidades”, diz.

A primeira experiência de Jhonathan neste universo foi com o NerdCast, um programa que propõe pautas variadas e alguns episódios de RPG, um jogo de aventura narrado. Com 10 anos de vida e 1 milhão de downloads por episódio, o NerdCast ocupa o topo da lista de audiência deste formato.

COMPLEMENTAM-SE

Hoje, os podcasts geralmente se complementam com outras mídias, como um veículo impresso, um texto na Web ou um vídeo. Considerada como um processo natural pela jornalista, professora de mídias sonoras e pesquisadora Daniela Bochembuzo, a convergência das mídias pode ser observada em nosso cotidiano.

“Nosso corpo é complementar, a gente tem a voz, a escrita, o tato, a audição… esse conjunto de sentidos é o que nos permite ter leituras de mundo. Se isso acontece no dia a dia, por que não nas mídias? São tecnologias criadas pelo homem”, conclui.

Possibilidade de executar outras funções enquanto escuta

A jornalista e pesquisadora Daniela Bochembuzo atribui à ‘audiência marginal’, ou seja, a capacidade de executar outras funções aenquanto escuta, parte da responsabilidade pela difusão do podcast. “As pessoas não querem mais esperar uma programação. Elas querem liberdade para ouvir quando quiserem, pausar e voltar de onde parou. Além do fato de que estamos sempre nos deslocando, seja para ir ao trabalho, à faculdade, enfim, isso facilita, pois dá pra ouvir enquanto fazemos outras atividades”, garante.

A linguagem do podcast, ainda de acordo com a professora, vem do rádio, é simples e com muitos elementos que atraem a atenção. “Podcast é rádio expandido, agregou outras tecnologias, mas a relação é a mesma. O ouvinte sente que está conversando com outra pessoa e a informação é completada na cabeça de quem está ouvindo”, conclui Bochembuzo.

Você Sabia

O Dia Nacional do Podcast foi comemorado nesta última semana. 21 de outubro foi escolhido porque marca a publicação do primeiro programa sonoro no Brasil, o Digital Minds, em 2004. No mesmo ano, outras três produções foram criadas e, a partir de 2005, o número só cresceu.

Podcast JC

O JCNET também aderiu à onda dos podcasts e, desde junho deste ano, está disponibilizando programas divididos entre as seguintes categorias: Ao Debate, Arena JC, Auê Digital, Entrevista, Reunião de Pauta, Rolê JC e Você Sabia. Já são mais de 80 faixas com os mais diversos assuntos da cidade, da região e do mundo, produzidas por nossos jornalistas. Os programas já foram ouvidos mais de 17 mil vezes e o total de visualizações de páginas alcançou 140 mil em outubro. Veja toda a lista em www.jcnet.com.br/podcasts_jc ou aponte o celular para o QR Code ao lado.

Fonte: https://www.jcnet.com.br/noticias/geral/2020/10/739317-podcast.html

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