PIB cresce e é descartada recessão técnica

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por JCNET

Com o crescimento de 0,4% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano, o Brasil não entrou na chamada recessão técnica. Se o PIB fosse negativo, teríamos dois trimestres no vermelho, posto que o primeiro trimestre deste ano o PIB encolheu 0,1%, o que caracterizaria recessão técnica. Na comparação do segundo trimestre deste ano com igual período do ano passado, o PIB subiu 1%. Dados do IBGE.

PIB pelo lado da oferta

O valor do PIB pode ser apurado tanto pelo da oferta como pelo lado da demanda. Os valores são idênticos. Pelo lado da oferta são considerados os resultados dos setores primário, secundário e terciário. No setor primário, a agropecuária, caiu 0,4% no trimestre. Já a indústria (setor secundário) ajudou no desempenho geral, pois apontou crescimento de 0,7%. O setor de serviços, que abriga também o comércio, apresentou alta de 0,3%. Os setores que ajudaram o bom desempenho da indústria foram a indústria de transformação (2%) e construção (1,9%).

PIB pelo lado da demanda

O valor apurado pelo lado da demanda foram os seguintes: consumo das famílias expansão de 0,3%, investimentos (formação bruta de capital) avanço de 3,2%, consumo do governo recuo de 0,1% e o setor externo observou queda de 1,6% nas exportações e alta de 1% nas importações.

O lado cheio do copo

Este resultado gera otimismo à medida que havia expectativa de queda no PIB no segundo trimestre. O IBC-Br que é a prévia do PIB calculado pelo Banco Central indicava algo nesta direção. Sem recessão e principalmente com o crescimento de 3,2% nos investimentos as expectativas positivas dos agentes econômicos são renovadas.

O lado vazio do copo

O resultado de 0,4% é baixo e nesta velocidade será um longo tempo até que recuperemos o tempo perdido. Outro aspecto é que, mesmo com aumento de 3,2% nos investimentos a participação deste item em relação ao PIB é apenas de 15,9%. O ideal que fosse acima dos 20%.

O que esperar?

Se considerarmos que ocorreram avanços na reforma previdenciária, que a reforma tributária começa a ser discutida, que foi implantado o cadastro positivo, que os juros caíram, que haverá o saque tanto do FGTS como do PIS/PASEP, é possível esperar dias melhores, principalmente no último trimestre deste ano. Para este ano o crescimento deverá ficar na casa dos 0,8% a 0,9%.

Inflação do aluguel fica negativa em agosto

Puxada pela queda nos preços no atacado, o IGP-M calculado pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em (-) 0,67% em agosto. Houve deflação. O mês passado o índice avançou 0,4%. Com 60% de peso no índice geral, a queda dos preços no atacado ajudou neste resultado. O recuo foi de 1,14%. Com este resultado o acumulado em 12 meses é de 4,95%. Para quem tem contrato de aluguel indexado ao IGP-M terá este patamar de reajuste no mês de setembro.

Mude já, mude para melhor!

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Fonte: https://www.jcnet.com.br/opiniao/colunistas/reinaldo_cafeo/2019/08/665769-pib-cresce-e-e-descartada-recessao-tecnica.html?utm_source=Whatsapp&utm_medium=referral&utm_campaign=Share-Whatsapp

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