O Ira! já fez capa de disco (“Clandesino”, de 1990) em um aeroclube (de Campinas), mas nunca um show. Até próximo sábado (24). É quando Nasi, Edgard Scandurra & Cia. se apresentarão no Aeroclube de Bauru pela primeira vez.
A atual formação da banda fica completa com Evaristo Pádua (na bateria), Johnny Boy (teclados e violão) e Daniel Rocha (no baixo). Do palco ecoarão sucessos como “Flores em Você”, “Dias de Luta”, “Nucleo Base”, “Tolices”, “Envelheço na Cidade”, “Quero Sempre Mais”, “Tarde Vazia” e “Girassol”, entre outros.
O show encerrará o evento Aeroclube Rock Night Run. Confira entrevista com o vocalista Nasi.
| Eduardo Galeno |
 |
| Nasi (no destaque): retorno à cidade |
O Aeroclube Rock Night Run tem particularidade inédita que é o local: as dependências de um aeródromo. Alguma vez você ou a banda já se apresentaram em um aeroclube?
Nasi: Não. É diferente e dificilmente me esqueceria de um palco em um cenário como este do Aeroclube de Bauru. A única experiência parecida com essa foi quando fizemos as fotos da capa do terceiro álbum da banda chamado “Clandestino” em um aeroclube de Campinas. Mas shows, realmente, nunca fizemos em um aeroclube e será a primeira vez.
Como será o show em Bauru, especialmente no repertório? Estarão presentes músicas do último álbum, o “Ira! Folk” (2017), ou o formato não permitirá as versões acústicas?
Nasi: Vai ser um show elétrico mesmo. Muitas músicas, principalmente os clássicos da banda que estão no repertório do “Ira! Folk”, terão sua versão rock no show. Vai ser um show de rock pra animar a galera no evento.
Por falar no “Ira! Folk”, gostaria que comentasse mais a respeito…
Nasi: O projeto “Ira! Folk” nasceu da vontade de fazermos algo diferente e que ocupasse espaços que são meio arredios a shows de rock, como os tradicionais teatros das capitais e grandes cidades. Apesar de termos uma experiência muito bem-sucedida com o projeto do “Acústico MTV”, esse é um show mais minimalista e intimista em que contamos apenas com violão e vozes e que traz as músicas para um formato embrionário delas. A maior parte de nosso repertório nasceu, antes de virar rock, de canções compostas em violão. Isso faz com que o público se emocione bastante e a consequência foi o sucesso que teve com quase dois anos de turnê por todo o Brasil.
Como você definiria a atual fase da Ira!?
Nasi: A Ira! é uma banda de rock, é realmente nossa grande verve e vocação. Experiências como o “Folk…” ou do “Acústico MTV” fazem a banda respirar ares diferentes, mas nosso passado, presente e futuro sempre vai ser o rock e um som de banda.
Quais são os próximos projetos já em estudos da banda para 2018?
Nasi: Já começamos a compor músicas novas para gravarmos ainda no início deste ano, provavelmente em abril, um novo disco de músicas inéditas de rock da banda que deverá ser lançado até o final deste semestre.
| Reprodução |
 |
| Disco de 1990: foto no Aeroclube de Campinas, mas sem show |
Como você definiria a parceria com o Edgard nos palcos?
Nasi: A parceria com o Edgard é algo muito forte e especial. Sobreviveu a conflitos, a fases difíceis e brigas, porque nasceu além da música. Eu e o Edgard nos conhecemos desde a adolescência e estudamos no mesmo colégio, onde nos conhecemos com 16 anos e saímos de lá com a banda. É algo que transcende a música e acho que isso passa bastante para o público em nossas apresentações.
Vocês se apresentaram pela última vez, em Bauru, na Virada Cultural de 2014. Foi justamente quando o episódio da sua perda do anel de coruja no hotel onde estavam hospedados por aqui virou notícia. Você ainda o possui? Era um adereço bastante especial para você, pois era protegido por orixás, não é mesmo?
Nasi: O episódio do anel foi algo muito pitoresco que teve final feliz, porque a pessoa que o encontrou atendeu meu pedido e me devolveu. É um anel muito especial porque ele é feito dentro de um fundamento de orixá africano e rezado por sacerdotisas octagenárias africanas e orubás da região da Nigéria. Realmente, seria mesmo uma perda enorme para mim, mas, felizmente, tudo deu certo.
Além do episódio envolvendo o anel, quais as maiores lembranças que têm de Bauru?
Nasi: Temos várias. Lembro que nossa primeira apresentação foi no início de nossa carreira, em meados da década de 80, e a partir daí fizemos muitas apresentações na cidade nesses mais de 35 anos de estrada com a banda. Também recordamos, principalmente, do BAC, onde rolaram muitos shows legais por lá. E não foram poucos!
O EVENTO
A programação do Aeroclube Rock Night tem início previsto para as 19h30 deste sábado, quando será dada a largada para as provas de corrida com percursos que variam dos três, seis e 12 quilômetros. Haverá barracas/food trucks.
Entidade beneficiada com a renda: Creche Monteiro Lobato.
Mais informações pelos sites sites https://www.alvorun.com.br e https://www.ticketagora.com.br
| SERVIÇO
A programação musical da noite de sábado, 24/2, no Aeroclube Rock Night Run começa às 20h com a Banda Dr. Whey e, na sequência, às 20h30, com o DJ Neto, o mesmo que embalava as baladas do Rock Drinks em Bauru. Já o show da banda Ira! está previsto para começar às 22h. O valor promocional – todos pagam meia entrada – para os interessados em assistir à apresentação é de R$ R$ 56,00 (R$ 50,00 mais tarifa de serviço), preço que já é o da meia entrada. Crianças até 12 anos não pagam. Pontos de venda: Adidas (Boulevard Shopping), Life USA Idiomas (avenida Nações Unidas, 17-150) – (14) 4141-2519, Pula Pula Brinquedos Criativos (rua Araújo Leite, 36-17) – (14) 3227-7502, Caramela Cosméticos (Boulevard), Gisele Jacomassi Fitness Store (rua Antônio Alves, 25-75) – (14) 3208-2209 e Academia Just Fit (Boulevard Shopping). |
Fonte: https://www.jcnet.com.br/Cultura/2018/02/pela-primeira-vez-em-um-aeroclube-ira.html
