O boletim semanal da OMS (Organização Mundial da Saúde), publicado nesta segunda-feira, confirma que o número de novos casos da covid-19 caiu tanto nas Américas como no Brasil. Na sexta-feira, a entidade já havia apontado para tal tendência. Mas insistiu que, no caso brasileiro, “muito trabalho” ainda seria necessário para conseguir suprimir a transmissão.
De acordo com o boletim, o mundo registrou 1,7 milhão de novos casos e 39 mil novas mortes na semana que terminou no dia 23 de agosto. Isso representa uma queda de 4% no número de novas infecções em comparação à semana anterior. Mas um aumento de 5% em novas mortes. No total, são 23 milhões de casos e 800 mil mortes.
A OMS indicou que a região das Américas foi a que registrou maior queda, ainda que continue representando 50% dos novos casos e 62% das mortes no mundo.
No continente, foram 863 mil novos casos, 11% a menos que uma semana antes. Em termos de mortes, foram 24 mil, um número 17% inferior ao da semana anterior.
Em números absolutos, a região conta com 12,2 milhões de casos e 438 mil mortes. Isso representa 1823 casos para cada um milhão de habitantes, a maior taxa do mundo. No que se refere aos óbitos, são 65 para cada um milhão de pessoas na região, outra vez a maior taxa do mundo.
A queda nas Américas foi puxada pela redução de casos nos Estados Unidos, Brasil, República Dominicana e Panamá.
Brasil tem taxa alta na proporção por milhão de habitantes.
Na semana, o Brasil registrou 256,8 mil novos casos. No total, são 3,5 milhões. Uma semana antes, o Brasil havia registrado 313 mil novos casos. Mas o número representa ainda 16,6 mil casos para cada um milhão de pessoas, um das taxas mais elevadas da região e do mundo.
No que se refere às mortes, foram 6,8 mil na semana, com um total de 113 mil e uma taxa de 533 para cada um milhão de habitantes. Uma semana antes, foram 6,9 mil óbitos no país.
Para o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, a situação no Brasil é ainda “incerta”. Para que, o patamar onde teria se estabilizado a pandemia no país é “muito alta” e, para baixar os números, o governo terá de colocar “pressão sobre o vírus”. “Há muito trabalho pela frente ainda”, alertou.