Ômicron: as boas e más notícias da nova variante da Covid e o que tudo isso significa

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Profissional de saúde faz teste de swab nasal para Covid-19 em um homem em Gaza, Palestina, nesta segunda-feira (27). — Foto: Mahmud Hams / AFP

As restrições estão aumentando em vários países para lidar com a nova variante do novo coronavírus.

Há um fluxo constante de novas informações – algumas preocupantes, outras positivas. Então, em que pé estamos?

Não voltamos ao passado

 

É fácil esquecer, mas estamos em uma situação muito melhor do que nesta época do ano passado, quando muitos de nós não pudemos encontrar a família no Natal.

A disseminação da variante alfa no final de 2020 levou a novas medidas de isolamento, e a vacinação estava apenas começando ao redor do mundo.

A ômicron é menos perigosa

 

Se você pegar a ômicron, é menos provável que adoeça gravemente do que com as variantes anteriores.

Estudos em todo o mundo estão pintando um quadro consistente de que a ômicron é menos agressiva do que a variante delta, com uma chance até 70% menor de pessoas infectadas acabarem no hospital.

A ômicron pode causar sintomas de resfriado, como dor de garganta, coriza e dor de cabeça, mas isso não significa que causará uma Covid leve em todos – alguns ainda ficarão gravemente doentes.

As alterações no vírus parecem tê-lo tornado menos perigoso, mas a maior parte da gravidade reduzida se deve à imunidade como resultado da vacinação e episódios anteriores de Covid.

Mas a ômicron está se espalhando muito rápido

 

A menor gravidade da nova variante é apenas metade da equação, porque mesmo que as chances de alguém ir parar no hospital seja menor, se muitas pessoas se infectarem, os dois efeitos se cancelam, e voltamos à estaca zero.

E o verdadeiro talento da ômicron é infectar pessoas. Ela se espalha mais rápido do que outras variantes e pode contornar parte da proteção imunológica de vacinas e infecções anteriores.

 

Não temos certeza do que acontecerá quando a ômicron atingir os idosos

 

A idade avançada sempre foi o maior fator de risco para adoecer gravemente de Covid.

No Reino Unido, a maioria dos casos de ômicron são de pessoas com menos de 40 anos de idade, então não sabemos ao certo o que acontecerá quando ela atingir populações idosas e vulneráveis.

A capacidade da ômicron de burlar parcialmente a imunidade significa que há potencial para que mais pessoas idosas sejam infectadas do que durante a onda da variante delta.

Muita gente recebeu doses de reforço, mas a proteção cai com o tempo

 

A proteção gerada por duas doses de vacina parece ser insuficiente contra a ômicron, o que levou a uma expansão massiva da campanha de doses de reforço em vários países.

No entanto, a proteção contra a ômicron parece cair após cerca de dez semanas. A proteção após manifestações mais graves da doença tende a durar muito mais tempo.

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