Uma lei imposta na região de Bauru (SP) desde fevereiro aplica multas aos motoristas que passarem nas cancelas automáticas das praças de pedágio acima de 40 Km/h.
Segundo o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), que é o órgão responsável por emitir as multas, na praça em Jaú (SP) já foram expedidas 2.349 autuações por excesso de velocidade por passagem nas cancelas. Somando com outras praças da concessionária, as autuações passam de 6.300.
Os motoristas que passam na Rodovia Otávio Pacheco de Almeida Prado (SP-255), no trecho entre Barra Bonita e Jaú (SP), são informados que serão multados se não obedecerem a sinalização nas pistas automáticas, nas praças de pedágio da concessionária que cobre 285 quilômetros.
A velocidade máxima é de 40 Km/h e, desde que a concessionária começou a operar, milhares de multas foram aplicadas na rodovia.
Emerson Céspedes, analista de sistemas, conta que já foi multado duas vezes nos últimos meses por cometer excesso de velocidade ao passar pelas cancelas.
Em uma das vezes, o radar acusou velocidade de 45 Km/h. Em outra, 52 Km/h. Ele alega que paga a tarifa só na cabine.
“Eu achei que a multa era apenas na cancela automática, e não manual. Não está claro este aviso Teria que padronizar a velocidade, não apenas na automática”, explica.
Porém, a a concessionária Arteris Via Paulista esclareceu que o limite de velocidade vale para todas as cabines de pedágio.
O motorista que excede a velocidade em até 25% do limite paga multa no valor de R$ 130, e perde quatro pontos na carteira. De 20% a 50% do limite, o valor da multa é de R$ 195 reais e perda de cinco pontos na CNH.
Acima de 50% do limite, a multa tem valor de R$ 880 e a perda é de sete pontos na carteira, além de apreensão e suspensão da carteira.
O Sidnei Akiyama é taxista e diz que, para não ter problemas com multas, sempre evita passar a mais de 40 Km/h nas cancelas das pistas automáticas.
“Nós já temos que pagar o pedágio, e mais uma multa complica. Vamos torcer para que não sejamos multados”, conta em entrevista o taxista Sidnei Akiyama.
Neiton Almeida é marceneiro e diz que multar quem passa a mais de 40 por hora nas cancelas de pedágio é algo discutível. “É mais uma multa para o bolso do trabalhador. É uma indústria da multa”, comenta.