Filme ‘Alien’: diferenças com o anterior

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Novo alien, ao contrário daquele de 1979, é totalmente computadorizado

Quem compara os 38 anos que separam “Alien, o Oitavo Passageiro”, longa que deu origem à saga de horror espacial, desse novo “Alien: Covenant”, filme que estreia oficialmente nesta quinta-feira (11), logo nota que as diferenças vão muito além da carapaça de computação gráfica que agora reveste os monstros intergalácticos. “Alien” chega às raias da meia-idade mais frenético.

Se em 1979 cerca de 1.100 planos (sequências sem cortes) bastavam para perturbar o público – e os personagens -, o mesmo Ridley Scott que criou a franquia agora precisa de 1.900 (72% a mais), para alcançar um resultado que não necessariamente bate o original.

A crítica cinematográfica cunhou até uma expressão agora surrada para desdenhar da estética acelerada que hoje impera em Hollywood: “ritmo de videoclipe”.

Tome-se por exemplo a cena que abre o filme de 1979: em quase dois minutos, dois únicos e longos planos-sequência dão cabo de criar uma atmosfera de tensão enquanto a câmera vaga lentamente pelos corredores de uma nave espacial, com uma música para lá de soturna.

Em “Covenant” não há paralelo. O diretor Ridley Scott investe mais nas imagens gráficas do que na aura de mistério. Se por um lado a computação permite agora colocar os aliens mais tempo em cena, por outro, o novo filme perde um tanto de clima.

Curiosidade

Em 1979, faltava quem produzisse o bicho. O italiano Carlo Rambaldi (1925-2012), o mesmo que fez o boneco de “E.T. – O Extraterrestre”, deu vida a ele por meio de efeitos em animatrônica. Magro e com mais de 2 metros de altura, o nigeriano Bolaji Badejo ficou encarregado de vestir a fantasia do monstro e teve até aulas de mímica e tai chi chuan para suavizar seus movimentos. Hoje, o alien é todo computadorizado.

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