Conheça o fidget spinner, o brinquedo que tem gerado tanta polêmica

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Você já se pegou girando a caneta, batendo a perna ou mexendo no cabelo alguma vez? Tenho certeza de que a resposta é sim. Atualmente, um brinquedo que pode ser achado a partir de R$6,00 tem substituído essas manias. O fidget spinner trata-se de um objeto com três pontas que, ao segurar entre os dedos, pode ficar girando por minutos seguidos.

O brinquedo virou febre entre a garotada do mundo todo e aqui em Bauru não é diferente. Segundo Marcelo Garcia, dono de uma loja de eletrônicos na cidade, em um dia o estoque se esgotou. “Comecei comprando 100 spinners e vendemos tudo no mesmo dia. Depois comprei novamente, comprei e comprei… acredito que vendi mais de 800 spinners em menos de 10 dias”, conta.

O fidget spinner tem a sua criação atribuída à americana Catherine Hettinger que tem miastenia, uma doença que afeta os músculos e provoca fadiga. Ela criou o objeto em 1993 com a finalidade de interagir com sua filha Sarah. Por isso, muitos associam o uso como uma terapia e para se concentrar com mais facilidade.

O estudante de 17 anos, Bruno Fernandes, conta que usa durante as aulas para substituir outras manias. “[o spinner] me ajuda na aula porque tenho mania de ficar mexendo a mão. Não consigo ficar sem fazer nada por muito tempo, aí fico rodando enquanto presto atenção no professor”, relata.

Só benefícios?
Porém, muitas escolas de Bauru têm proibido o uso dos fidgets spinners na sala de aula, pois as instituições de ensino utilizam outras estratégias para diminuir a ansiedade e a ajudar na concentração. “Existem diferentes modos de aliviar o estresse e a ansiedade como cubo mágico, bolinhas, garrafas de água coloridas, trabalhos manuais, exercícios físicos, entre outros. Na escola, possuímos esses materiais e vamos incluir o spinner, em salas de apoio com coordenação e psicóloga escolar, caso um aluno precise em algum momento de ajuda para se acalmar ou se concentrar. O recurso no lugar adequado e com pessoas para apoiar pode exercer sua função terapêutica”, explica a mestre em educação e diretora de uma escola bilíngue de Bauru, Juliana Pereira de Albuquerque Storniolo.

Para a psicóloga Claudia Chaves, o spinner é utilizado para concentrar, mas, na verdade, é apenas uma mania momentânea: “tudo o que está fora de nós não é uma concentração verdadeira, mas sim um mecanismo superficial. Quem tem tendência a manias vai pegar aquilo como um vício novo, mas de fato não vai mudar, não é um aprimoramento do ‘eu’”.

O interessante do fidget spinner é ver quanto tempo ele consegue ficar girando sem parar e, terapêutico ou não, é considerado o peão das novas gerações, ou seja, ideal para aqueles que gostam de inventar e fazer diversas manobras com o brinquedo.

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