Tauste apontou queda significativa no faturamento e lojistas do entorno alertaram que teriam de fechar as portas por meses; já a obra de instalação do Viaduto Duque-Cruzeiro não vai sair com verba da concessão
Um MOVIMENTAÇÃO do setor comercial da cidade levou o governo do Estado (Artesp) a alterar a obra das marginais da Rondon, em Bauru, na altura do Viaduto da Duque de Caxias.
O Tauste foi o que mais se movimentou, mobilizando comerciantes dos dois lados da cidade. A loja supermercadista mostrou em pesquisa entregue ao Estado que sofreria considerável prejuízo na loja na avenida, recentemente inaugurada, em faturamento com o fechamento do viaduto para receber as marginais, conforme estava no projeto original.
Foram levantadas as consequências de prestadores de serviços inclusive no Jardim Marambá e em todo o entorno. Várias empresas alertaram que teriam de fechar as portas pelo período de instalação das marginais se a Duque sofresse interrupção no trânsito.
SAÍDA
Com isso, uma reunião realizada na última quinta-feira, entre Artesp, Via Rondon, Prefeitura e Emdurb selou acordo de modificação no projeto.
Conforme o presidente da Emdurb, Eclair Teixeira, a Artesp concordou em não realizar as obras como previsto. Agora a marginal será instalada em nível na altura da Duque, subindo em direção ao trevo. O mesmo acontecerá no outro ponto.
Conforme Eclair, a solução evita o frechamento da Duque (resolve o factual), mas não elimina a necessidade de instalação do Viaduto Duque-Cruzeiro do Sul. “Está nos estudos que esta solução evita os prejuízos para o funcionamento de empresas neste momento. Mas o viaduto tem de sair em 5 anos, senão o estrangulamento será enorme com as marginais”, disse.
NÃO PODE
O governo do Estado, porém, apontou na reunião que não é possível incluir o Viaduto Duque-Cruzeiro no contrato de concessão. O jurídíco avaliou que a obra é urbana. Assim, sua construção depende de verba do Orçamento do Estado.
A não instalação do Viaduto é uma conta antiga do Estado, desde a gestão Fleury. Cortaram a cidade com uma rodovia sem realizar as marginais e obras de mitigação, como essa de interligação.
Com isso, o governo do Estado, lá atras, cortou a cidade ao meio no lado norte e até hoje não resolveu o problema.
Nélson Itaberá, jornalista e compositor
