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Bauruenses contam como é trabalhar no maior setor econômico da cidade

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Bauru é uma cidade que tem como ponto forte o comércio e os serviços. Esses setores foram essenciais para manter a cidade entre as 100 localidades brasileiras com os melhores desempenhos segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem limites, Bauru está sempre recebendo novos empreendimentos como lojas, restaurantes e franquias.

Segundo uma pesquisa feita em abril deste ano pela FecomércioSP, o município tem aproximadamente 22.445 trabalhadores ativos no comércio varejista. Além disso, o saldo de contratações é positivo para a cidade, já que o número de demissões foi menor do que o de pessoas contratadas.

Milhares de bauruenses trabalham para que o comércio sempre renda bons frutos para a cidade. Thais Batista é uma delas. Foi no setor varejista que conquistou o primeiro emprego e onde aprendeu a ser vendedora. “Trabalho há sete anos no comércio. Meu primeiro emprego, onde aprendi muito, foi em uma loja de roupa fitness. Hoje, eu trabalho em uma loja de bijuterias e semijoias, no Bauru Shopping. Para mim, não é cansativo, se você estiver disposta. Tudo é uma questão de querer e acostumar, tem dias que são mais puxados e nunca podemos estar triste ou sem vontade”, conta.

Pode parecer simples, mas a profissão está inserida em um contexto dinâmico o que vem exigindo cada vez mais dos trabalhadores do setor. Um dos quesitos é a extensa carga horário a se cumprir. Isso se deve à tendência dos serviços de estar disponível o máximo de tempo possível aos clientes e um desafio aos vendedores.

“Trabalho como vendedora em uma loja de semijoias em um shopping há mais de três anos. Eu acordo às 6h30 e vou dormir entre meia noite e uma da manhã. Trabalho oito horas por dia e lidar com o público, às vezes, é cansativo. Nossa profissão não deveria ser desvalorizada, pois é muito árdua e requer dedicação”, relata Suellen Araújo.

Outro desafio dos vendedores é lidar com a instabilidade do comércio, já que as vendas dependem da economia do país como um todo. Por isso, habilidades como jogo de cintura é importante para conquistar o consumidor. Eliana Maria da Silva, de 26 anos, conta sobre como é ser comerciária. “Estou até hoje no meu primeiro emprego em um centro de compras no calçadão. Passamos por momentos difíceis, mas faz parte da profissão. Ultimamente o calçadão está abandonado e muitas pessoas estão indo para os shoppings. Então o centro da cidade precisa de uma renovada, mudar a imagem dele para chamar as pessoas de volta”.

As delícias de ser vendedora

Apesar dos pontos desfavoráveis, Eliana ressalva que o trabalho lhe rendeu bons frutos, tanto na vida profissional como pessoalmente. “Foi trabalhando como vendedora que conheci muitas pessoas, fiz novas amizades e aprendi inúmeras lições de vida”, enumera.

Já Thais conta que aprendeu a levar o trabalho de um jeito mais leve e revela que, além de adorar conhecer pessoas novas, coleciona diversas histórias engraçadas ao longo da carreira.

“Crianças e idosos são uma delícia de atender. Uma mulher na TPM que quer comprar uma coisinha é super engraçado. Uma pessoa indecisa cansa, mas quando ela assume, a gente ri da indecisão e faz o papel de ajudar. Às vezes, até entramos na intimidade das pessoas. Tenho algumas histórias engraçadas de como a gente fica amigo dos clientes a ponto de eles ligarem pedindo opinião sobre coisas da vida pessoal. É muito gratificante poder ajudar e ver as pessoas felizes com a atenção e a paciência que temos com eles”.

Melhorando a profissão

As longas jornadas de trabalho, inclusive em finais de semana, são desgastantes para quem tem outros afazeres como cuidar da casa e estudar. Para Thais, isso se deve a um fator cultural e a mudança é uma atitude que deve partir das pessoas.

“Acho desgastante a forma como trabalhamos em feriados e final de ano até o último minuto. Isso poderia mudar, mas não é uma coisa que vem de cima, é uma reação. Muitos clientes perguntam se vamos abrir no dia 25 de dezembro por conta do costume de deixar para última hora. Tinha que começar de nós, do povo a se organizar, porque se não tiver gente na rua, nenhum lugar ia abrir”, argumenta.

Mesmo assim, a vendedora conta que é um trabalho gratificante e não pretende mudar de área. “Quero me especializar em gestão de pessoas para dar palestras e cursos, tanto para os proprietários aprenderem a lidar com o funcionário, como para os funcionários que misturam a vida pessoal com o trabalho e tratam mal o cliente, sujando nossa imagem. Nós vendedores, deixamos as pessoas felizes com autoestima, conhecemos pessoas, fazemos amizades, ouvimos historias lindas e isso é muito gratificante”, diz.

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