Bauru terá 14 candidatos a prefeito nas eleições municipais deste ano. O número é um recorde em 35 anos no município, que chegou a ter oito concorrentes na disputa, em 2004. Também é mais do que o dobro da última eleição, que teve seis candidatos. Se nenhum postulante desistir, mais da metade dos partidos com representação em Bauru terá candidato próprio.
Um dos principais fatores para o aumento do número de candidatos é o fim da coligação na disputa proporcional, ou seja, para vereador. Até a eleição passada, as legendas tinham a possibilidade de se juntarem para formar a chapa de candidatos a vereador. A partir deste ano, cada partido tem que montar a sua própria chapa. Isso levou muitas legendas menores, e até as chamadas ‘nanicas’ – que sequer possuem tempo durante o horário eleitoral – a lançaram candidatos a prefeito, na tentativa de dar força ao número do partido e alcançar uma cadeira na Câmara Municipal.
Dos 33 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 26 possuem Diretório ou Comissão Provisória em Bauru.
Todos participarão de alguma forma desta eleição. Um não terá candidato a prefeito e não apoiará nenhum outro partido, que é o PSTU, com uma candidata a vereadora. O PCO, ao contrário, lançou candidato a prefeito, mas sem chapa de candidatos a vereador. E o PCdoB não terá candidatos a vereador, mas apoiará uma coligação majoritária. Todos os demais terão chapa proporcional e lançaram ou estão apoiando algum candidato a prefeito.
COLIGAÇÕES
Com a pulverização de candidaturas, diminuiu o número de partidos nas maiores coligações. Na eleição passada, por exemplo, a maior coligação foi a que elegeu o prefeito Clodoaldo Gazzetta, com dez partidos. Em 2012, Rodrigo Agostinho chegou a ter 13 aliados. A situação é bem diferente agora.
Candidato à reeleição, Gazzetta manteve o apoio dos quatro partidos que dão sustentação a seu governo. Além do seu partido, o PSDB, estão na chapa o PTB, PL e PCdoB.
Concorrente de Gazzetta no segundo turno em 2016, Raul Gonçalves Paula conseguiu, desta vez, formar a maior coligação, e terá cinco partidos, ficando com o maior tempo de rádio e TV durante o horário eleitoral. Raul está no DEM e conta ainda com PP, PSL, PRTB e MDB.
Outro candidato que conseguiu pelo menos três partidos na formação da coligação foi José Clemente Rezende, do Cidadania, com PDT e Avante. As três outras coligações são formadas por dois partidos. O PT lançou Jorge Moura e tem apoio do Rede. No Podemos, Luiz Carlos Valle está com o PSC. Já o PSB tem a candidata Rosana Polatto e apoio do PV. Os demais candidatos não fizeram coligação nesta eleição.
Em aberto
O JC consultou as atas das convenções, e praticamente todos os partidos e coligações mantiveram em aberto a possibilidade de ainda ampliarem seus apoios até o começo da disputa eleitoral, prazo final para esse tipo de alteração. Para isso, contudo, algum candidato já oficializado precisaria declinar e ceder apoio a outro. Por causa disso, o tempo detalhado que cada candidato terá durante o horário eleitoral será conhecido apenas no final deste mês.
Em relação ao número de candidatos a vereador, ainda pode haver variação. Alguns partidos já fecharam a chapa completa, com 26 candidatos, mas outros ainda não conseguiram, e constaram em ata a possibilidade de inserir mais nomes até o prazo final, na semana que vem.
