Por João Feza, Editor do Jornal da Cidade
Por que falamos tanto dele? Deveria ser porque é um craque (e é) e não por ser associado à imagem do que se entende por crápula (torço para não ser). Certa vez, sobre um outro jogador em fim de carreira e muito assediado pela imprensa, pensei: “Esse cara arrumou outro ofício. Profissão: entrevistado”. É quase deprimente.
Voltando ao presente: conforme alguém escreveu durante a semana… é preciso menos falatório e mais investigação. Mas, como todos falam, estou aqui também caindo (caindo) no tema Neymar. Estaria o camisa 10 tentando enganar o respeitável público? Se for, triste: deveria ele ser notícia por outros dribles. Inocente? Tem aí sua chance de provar que sim.
Agora tem um detalhe: e se esse caso ficar inconclusivo? Como o atleta incrível conviverá com a permanente dúvida no semblante da opinião pública? Justo ele que é tão cheio de certezas. O futebol vai ficando escanteado com tanta confusão no campo das hipóteses. Que esse episódio das acusações tenha, ao menos, um efeito educativo. Capaz de trazer à tona alguns alertas para famosos e anônimos sobre excessos e perigos de encontros às escuras. Claro que podem acabar mal.
Para voltar à questão esportiva. Ainda que eu torça pelo Brasil (e pelo Tite, em especial), teremos Paraguai como campeão da Copa América. Riram de mim aqui na redação, então, preciso registrar para dividir com você, leitor, a certeza da glória que terei com o acerto. Só não arrisco falar da Copa do Mundo de Futebol Feminino porque conheço pouco das reais chances das equipes.
Seja qual for a competição, uma torcida é única: que seja o bom futebol o protagonista, só ele, e não escândalos que invadem gramados e tiram o foco e o brilho do espetáculo. Mais exclamações por auges na carreira e menos interrogações decorrentes de comportamentos íntimos.
Não custa torcer. É a nossa profissão.
Fonte: https://m.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=256014?utm_source=Whatsapp&utm_medium=referral&utm_campaign=Share-Whatsapp
