Revista Atenção

Vereador de Agudos e outros três homens são presos em operação que investiga desvio de verba na saúde pública

Quatro pessoas foram presas na região de Bauru (SP) na manhã desta terça-feira (29) durante a operação Raio X, que investiga desvio de verba da saúde pública. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na Câmara de Agudos e também em endereços de pelo menos dois vereadores da cidade.

operação investiga desvio de verbas na saúde pública em várias cidades paulistas e também em outros estados.

Segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão na região centro-oeste paulista e quatro de prisão.

Um dos presos é o vereador de Agudos, Glauco Luis Costa Tonon, conhecido como Batata. O irmão dele também foi preso em Paulistânia, cidade onde mora. Os outros dois presos são um empresário do setor da saúde e um advogado, ambos teriam envolvimento com esquema na região noroeste do estado. Todos foram levados para sede do Deic em Bauru.

Na Câmara de Agudos, os mandados foram cumpridos em gabinetes de parlamentares. Após a ação, o prédio foi liberado e os funcionários puderam entrar. Na região noroeste paulista, a ação é realizada nas Santas Casas de Birigui e Penápolis.

Na região noroeste paulista, a ação é realizada nas Santas Casas de Birigui e Penápolis.

Operação Raio X

 

A ação é coordenada pela Polícia Civil de Araçatuba por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) e faz parte de uma operação realizada em conjunto com o Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal do Pará.

São cumpridos mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, sendo 180 no estado de São Paulo e 57 nos demais estados, além do sequestro de bens e valores.

De acordo com a investigação, o esquema envolve uma Organização Social (OS) que administra hospitais e clínicas em várias cidades do país.

Os donos são suspeitos de pagar propina a agentes públicos para conseguir os contratos que, em geral, são superfaturados.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que já está colaborando com a Polícia e o Ministério Público nas investigações. Disse também que todas as informações necessárias para esclarecer as suspeitas das quais a pasta é vítima estão à disposição dos órgãos competentes.

A Secretaria informa ainda que fará um pente-fino em todos os contratos e convênios firmados com as Organizações Sociais de Saúde (OSS) apontadas pelo MP e Polícia Civil e, se detectada qualquer irregularidade, realizará o rompimento dos mesmos.

A pasta repudia qualquer conduta que viole a legislação ou desrespeite a população usuária do SUS, reafirma seu compromisso com o uso correto dos recursos públicos e com o cumprimento das leis.

*Com informações Alan Schneider / TV TEM

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