A vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e a fabricante AstraZeneca produz resposta imunológica em idosos e jovens e as reações adversas foram menores entre as pessoas mais velhas, disse a AstraZeneca nesta segunda-feira (26).
Horas antes, o jornal Financial Times antecipou que a vacina ativa anticorpos protetores e células T em grupos de idade mais avançada, citando dois pesquisadores envolvidos no processo.
Possível vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford
Foto: Sean Elias – 04.abr.2020 / Divulgação / Reuters
Testes de sangue de imunogenicidade realizados em um subconjunto de participantes mais velhos complementam dados divulgados pelos pesquisadores em julho, que já mostravam que a vacina gerou “respostas imunes robustas” em um grupo de adultos saudáveis com idades entre 18 e 55 anos.
“É encorajador ver que as respostas de imunogenicidade foram semelhantes entre adultos mais velhos e mais jovens e que a reatogenicidade foi menor em adultos mais velhos, nos quais a gravidade da Covid-19 é maior”, disse um porta-voz da AstraZeneca à agência Reuters.
“Os resultados trazem ainda mais o corpo de evidências para a segurança e imunogenicidade da AZD1222 (nome oficial da vacina)”, disse o porta-voz.
Os detalhes da descoberta devem ser publicados em breve em um jornal científico, cujo nome ainda não foi divulgado.
Apesar dos resultados positivos, ainda não é possível garantir que a vacina é segura e eficaz em pessoas mais velhas e outros estudos são necessários.
Em fala recente, o secretário de Saúde britânico Matt Hancock disse que a vacina de Oxford ainda não está pronta, mas que o governo do Reino Unido já prepara a logística para uma possível implementação.
Segundo ele, o governo britânico espera que o lançamento ocorra no primeiro semestre de 2021.