Ter um bispo natural da cidade estimula carreira religiosa, diz dom Caetano

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Coletiva de Imprensa Monsenhor Ricci Dom Caetano, Monsenhor Ricci e Dom José Francisco

Primeiro padre de Bauru a ser ordenado bispo, Luiz Antonio Lopes Ricci acabará estimulando a carreira religiosa na Diocese do município, formada por 41 paróquias de 14 cidades. É o que acredita o bispo dom frei Caetano Ferrari. Na manhã desse domingo (16), os dois religiosos, além do arcebispo de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias, atenderam a imprensa.

Ferrari argumenta, ainda, que a ordenação de Ricci está sendo aproveitada para a promoção vocacional, formada por três graus: bispo, padre e diácono. “Além desses ministérios ordenados, outros serviços e vocações são importantes”, reforça.

O religioso argumenta que tamanho reconhecimento para Bauru também influenciará na disseminação do Evangelho. “É uma animação geral dentro da Igreja Católica”, festeja.

A ordenação de Ricci se deu no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, ontem à tarde, e contou com a presença de aproximadamente 150 padres do Estado do Rio de Janeiro – entre eles, o arcebispo da Arquidiocese de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias, o bispo emérito Alano Maria Pena e o bispo de Duque de Caxias, dom Tarcísio Nascentes dos Santos.

Grato e confiante

Desde o último dia 10 de maio, quando o então padre Luiz Antonio Lopes Ricci foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Niterói, o religioso afirma que tem vivido um período de gratidão e confiança. “Gratidão a Deus, por ter me chamado, e confiança de que Ele irá me acompanhar”, reforça.

O agora bispo reconhece que está ansioso para assumir as suas atribuições no município fluminense. Do sacerdócio em Bauru, ele levará o afeto de sua comunidade e a experiência. “Consegui integrar a prática pastoral com a acadêmica. Esse será o meu suporte para a nova missão, além da confiança de que Deus é fiel em sua promessa”, pontua.

Assim que chegar a Niterói, Ricci participará de uma cerimônia de apresentação, marcada para o próximo dia 5, às 9h30, no Ginásio Salesiano. O evento contará com a presença dos representantes das 81 paróquias que compõem a Arquidiocese do município, bem como o bispo da Diocese de Bauru, dom frei Caetano Ferrari.

Na segunda semana de agosto, o novo bispo conhecerá as seis regiões da Arquidiocese de Niterói e visitará os 160 padres em suas respectivas casas paroquiais.

Crise no Rio e violência são os principais desafios do bauruense, garante bispo de Niterói

Arcebispo de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias informa que, há cinco anos, aguarda a nomeação de um bispo auxiliar para a Arquidiocese fluminense, que abriga 2,5 milhões de habitantes. O religioso acredita que o maior desafio de Luiz Antonio Lopes Ricci será o enfrentamento da crise e da violência vivenciadas no Estado do Rio de Janeiro.

Porém, já adianta que os fiéis são bastante acolhedores. “São muitos os desafios que nós temos, desafios de uma grande cidade que giram em torno da crise econômica, desemprego, violência e construção da nova Catedral de São João Batista, que é padroeiro da Arquidiocese, juntamente com Nossa Senhora Auxiliadora”, complementa.

Bagagem

Dom José Francisco acredita que a preparação acadêmica de Ricci ajudará – e muito – a comunidade fluminense, principalmente, no que diz respeito à formação continuada dos padres e futuros religiosos. “Precisamos de alguém que seja próximo do povo e atento aos desafios que enfrentamos. Acredito que Ricci se encaixe nesse perfil”, defende.

Diante disso, é provável que o novo bispo se sinta em casa.

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