A partir desta quinta-feira (7), equipe da cozinha do Sesi Horto começa a se preparar para fazer refeições para entrega
Com o intuito de auxiliar os mais necessitados nesta fase aguda da pandemia de Covid-19, o Sesi Bauru produzirá 3 mil refeições diárias para serem distribuídas à população mais vulnerável da cidade. O projeto, que começou como um piloto em São Paulo, em abril, pretende entregar 4 milhões de refeições em 108 cidades do interior, além da Capital, até o final do mês.
As comunidades receberão, por meio de 14 entidades assistenciais de Bauru, refeições completas com arroz, feijão, proteína e legumes, gratuitamente, de segunda-feira a sábado. Esses parceiros foram levantados pelos diretores das unidades do Sesi-SP junto aos municípios.
“São instituições que assinaram um termo de cooperação com o Sesi em que ficam responsáveis pela logística das entregas. Cada uma será responsável por um ponto da cidade. Nossa intenção é que atenda a quem realmente está precisando do alimento”, afirma o diretor do Sesi Bauru, Clóvis Aparecido Cavenaghi Pereira.
Como as aulas das escolas estão em regime digital, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, determinou que a equipe de profissionais, que retorna das férias coletivas nesta quinta-feira (7), começará a preparar as refeições que serão distribuídas a partir da semana que vem.
PREPARAÇÃO
De hoje até sábado (9), haverá um treinamento com as equipes técnicas e de voluntários na cozinha do Sesi Horto – onde serão realizadas as atividades. De 11 a 30 de maio, as refeições serão direcionadas às entidades que destinarão às famílias. “Contamos com nossos nutricionistas, cozinheiros e auxiliares de cozinha. São cerca de 20 pessoas por turno com equipe técnica (dentro da cozinha) e equipe externa (trabalhando do porcionamento até a entrega final à entidade parceira)”, explica Clóvis.
Segundo o diretor da unidade de Bauru, o Sesi direcionou em torno de R$ 15 milhões para que fosse realizada a compra dos alimentos para atender à campanha em todo o Estado. “Neste momento de grande dificuldade em que estamos, o Sesi ajuda quem está em uma situação mais vulnerável que a nossa, porque estamos todos vulneráveis. Mas, além da saúde, há quem esteja sem comida e nós precisamos fazer algo”, diz. “É uma grande quantidade de materiais. Estive na escola hoje (ontem) pela manhã e foram mais de duas horas para descarregar os alimentos”, destaca.
HIGIENIZAÇÃO
Clóvis ainda destaca que as equipes trabalharão seguindo os protocolos de segurança, como distanciamento seguro, uso de máscaras e álcool em gel e ambientes ventilados. Além disso, todas as cozinhas serão higienizadas, antes e depois do preparo das refeições. “Nossa gerência técnica de nutrição se preocupou em produzir vídeos específicos para os cuidados com a higiene. Desde o banho antes e depois da cozinha, o higienizar das mãos, até todas as recomendações da Anvisa em relação ao distanciamento, uso de máscaras e aventais, de forma que protejamos a nós e às pessoas que receberão o alimento”, salienta o diretor.
União
Para Clóvis Cavenaghi, esta é uma resposta da indústria paulista, por meio do presidente da Fiesp, para minimizar a dor do próximo. “É um momento de união. A única coisa que não podemos pensar agora é em nós mesmos, que somos imunes, que temos comida em casa, porque essa não é a realidade do País. Eu e toda a equipe do Sesi, especialmente em Bauru, estamos extremamente felizes em podermos ser úteis neste momento”, finaliza.