Nos estudos recentes, a queda na eficiência das vacinas tem sido apontada nesse período de 180 dias aproximadamente
O Ministério da Saúde já tem imunizantes para aplicar a terceira dose nos idosos em setembro. Se essa previsão da pasta se confirmar, a vacinação em adolescentes ficará para depois.
De acordo com Rosana Leite, secretária especial de Enfrentamento à Covid-19, os dados do ministério mostram que os idosos completarão 6 meses da imunização com duas doses exatamente em setembro.
Nos estudos recentes, a queda na eficiência das vacinas tem sido apontada nesse período de 180 dias aproximadamente. Por isso, começou-se a analisar mais um reforço do público com maior vulnerabilidade.
“Nosso levantamento mostra que vai dar 6 meses a partir desse tempo para maioria dos idosos . Então, teria essa programação. Mas não batemos o martelo ainda. Se fosse para começar, a gente teria essa justificativa. E por isso a gente fala paras as pessoas não ficarem vacinando as crianças antes”, explicou Rosana.
Vários governadores já começaram a vacinar pessoas com menos de 18 anos, mesmo sem o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ter enviado as doses para esse público. Mas, há algumas semanas, o próprio Ministério da Saúde vinha dando o mês de setembro como o limite para se contemplar com uma dose todos os adultos e iniciar a imunização dos adolescentes logo em seguida.
Porém, outros países implementando a terceira dose, a Anvisa analisando pedidos de laboratórios como a Pfizer, fizeram a pasta encomendar um estudo e também estabelecer novo planejamento.
“São decisões complexas, não são simples. A gente precisa avançar na segunda dose e, a partir daí, se estudar uma eventual terceira dose. E lembrar que em alguns países do mundo, a maior parte da população sequer recebeu uma dose. E esses países ficam gerando variantes. E essas variantes podem chegar aqui e, às vezes, a vacina não é eficaz contra uma variante. É por isso que precisa se tomar uma decisão baseado na ciência, ouvindo os especialistas pra se chegar na melhor solução”, afirmou o ministro da Saúde Marcelo Queiroga.