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Roberson Moron visa a reforma tributária

Entrevista com o candidato Roberson Moron. 04/09/2018

O candidato a deputado federal Roberson Moron (Partido Novo) disputa, neste ano, sua primeira eleição. Médico gastroenterologista, ele já foi presidente da Unimed em Bauru e está no partido desde a criação, em 2015. O combate à corrupção, novas leis na saúde para isenção de tributos em medicamentos de alto custo e o desenvolvimento da cidade e região estão entre as prioridades. Ele lembra que o Partido Novo não usa recursos do Fundo Partidário e defende mudanças no sistema político nacional.

O que levou o senhor a ser candidato?

Fui um dos primeiros filiados do Partido Novo em Bauru. Aceitei a ser candidato por toda a situação que o País vem atravessando nesses últimos anos. Há um sentimento de revolta nas pessoas. Para mim, essa sensação veio quando assinei as Dez Medidas Contra a Corrupção, do Ministério Público (MP). Consegui mais de 200 assinaturas e, em Bauru, foram 2 mil assinaturas. No Brasil inteiro, muitas assinaturas foram levadas e, ao chegar no Congresso Nacional, os parlamentares em meia hora mudaram tudo. E eles são pagos com dinheiro nosso. Então, sou candidato para demiti-los, pois entendo que pessoas que são contra a vontade da população não podem estar no poder. Como cidadão, eu sempre gostei de contribuir. Já fiz bastante coisa na minha carreira como médico, dei minha contribuição na Unimed no período em que estive à frente e sinto que sou capaz de fazer mais pelo País.

Quais serão suas principais áreas de atuação no País caso seja eleito deputado?

No Partido Novo, quem pretende ser candidato faz uma seleção e elabora um projeto de lei, como se fosse ser apresentado mesmo na Câmara dos Deputados. No meu caso, elaborei um projeto para isenção fiscal de medicamentos de alto custo, antibióticos e vacinas. No Brasil, a tributação chega a mais de 40% nesses medicamentos, aumentando o custo para as pessoas e aos hospitais privados e Santas Casas. E quem paga, no final, é a população, seja através da rede particular ou pelo Sistema único de Saúde (SUS). Caso eu seja eleito, pretendo apresentar esse projeto. Em países desenvolvidos, essas leis já estão valendo e ajudam muito a reduzir os custos na saúde. O Estado se sente no direito de cobrar impostos caros de medicamentos, quando, na verdade, deveriam ser fornecidos pelo governo. Hoje, as pessoas procuram a rede pública e não conseguem atendimento. Depois, a situação acaba ficando mais grave e aumentando ainda mais o custo ao governo, e reduzindo a qualidade de vida.

O senhor defende as reformas tributária, trabalhista e da Previdência?

Vou propor colocar as Medidas Contra a Corrupção em votação, da forma como foram propostas. Outra coisa necessária é a reforma tributária. O mundo mudou e não dá para ser contra as reformas, porque, do contrário, o País vai quebrar. As relações de trabalho estão modificadas com a tecnologia. Na reforma da Previdência, não há sustentação porque menos gente está nascendo e há muitos privilégios em alguns setores. Algumas pessoas recebem a aposentadoria sem ter contribuído. Acho que não pode retirar direitos de quem já está contribuindo, porque são adquiridos, mas colocar regras de transição para quem está entrando no mercado de trabalho. Mas, vamos ter que discutir privilégios e a falha do sistema. Já a reforma tributária é indispensável. É necessário criar formas de incentivos para aqueles que geram empregos e incentivar a economia. O volume de impostos atualmente é muito grande.

Na região de Bauru, quais as prioridades?

Em Bauru, estamos perdendo indústria, mas não é só algo da cidade. A desindustrialização é nacional, tem empresas saindo do Brasil. Para isso, é necessário rever a distribuição dos recursos, porque a União fica com a maior parte e os municípios com muito pouco. Acaba, muita vezes, voltando com emendas de deputados, que é um sistema complicado. Deveria ser ao contrário. O município deveria ficar com a maior parte e, depois, Estados e o governo federal. Se o município for mais rico, poderá atrair empresas. Outra coisa que eu defendo é cancelar algumas leis. Hoje, o País possui leis demais e isso dificulta para o investidor. A nossa cidade está em posição estratégica, com bom interesse para a indústria, e, por isso, trabalhar para criar condições para Bauru e região.

Perfil

Nome completo: Roberson Antequera Moron

Nome na urna: Dr. Roberson

Número: 3014

Idade: 47 anos

Naturalidade: Bauru/SP

Profissão: Médico

Partido: Novo

Eleições anteriores disputadas: Nenhuma

Cargos eletivos já ocupados: Nenhum

Quem apoia

Presidente: João Amoedo (Novo)

Governador: Rogério Chequer (Novo)

Fonte: https://m.jcnet.com.br/Politica/2018/09/roberson-moron-visa-a-reforma-tributaria.html

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