Revista Atenção

Reforma da Estação Ferroviária da NOB será licitada até o final do ano

Segundo Gazzetta, a proposta surgiu para complementar a ideia de montar um complexo educativo-cultural em frente à Estação / Foto: Fotos: Ana Beatriz Garcia

O projeto existe desde 2010, mas recebeu adaptações da Secretaria Municipal de Educação, que ocupará boa parte do local

Estação Educação. Este é o nome da proposta que visa reformar e restaurar a antiga Estação Ferroviária da Noroeste do Brasil (NOB), situada em frente à Praça Machado de Mello, na região central de Bauru. Na manhã desta quinta-feira (13), o prefeito Clodoaldo Gazzetta anunciou que o processo de licitação das intervenções junto ao prédio estará em andamento até o final deste ano. O projeto existe desde 2010, mas precisou receber algumas adaptações por parte da arquiteta da Secretaria Municipal de Educação, Ludmilla Tidei de Lima. A pasta ocupará boa parte do local.

Ainda segundo o chefe do Executivo municipal, a proposta surgiu para complementar a ideia de montar um complexo educativo-cultural em frente à Estação Ferroviária. Conforme o JC noticiou no ano anterior, o local abrigará uma escola de educação infantil de tempo integral, outra de teatro e uma sala de música.

Para tanto, a prefeitura já está em fase de desapropriação de cinco imóveis localizados no quarteirão formado pela avenida Rodrigues Alves, rua Monsenhor Claro e Praça Machado de Mello. “Ambas as propostas estão dentro daquela ideia de ocupação do Centro da cidade”, completa o prefeito.

De acordo com a titular da Secretaria Municipal de Educação, Isabel Cristina Miziara, o município contratou o projeto para a revitalização da Estação Ferroviária há uma década. “Por isso, a nossa arquiteta precisou da autorização da idealizadora da proposta inicial, Gisele Aidar, para fazer algumas adaptações à mesma, afinal, atendia às necessidades daquela época”, explica.

Hoje, o órgão chefiado por Isabel ocupa um prédio alugado da quadra 16 da avenida Duque de Caxias. A reforma será custeada pela Educação, que também dividirá o espaço com a Secretaria Municipal de Cultura, uma vez que a Banda Municipal, a Orquestra Sinfônica e diversos projetos sociais permanecerão no endereço.

Para o titular da Cultura, Rick Ferreira, ambas as áreas precisam caminhar juntas. “Embora a aquisição daquele prédio tenha partido do Gabinete e da Educação, nós já ocupamos o mesmo com a Banda Municipal, a Orquestra Sinfônica e os projetos sociais. O processo de revitalização chegou para dar ainda mais vida ao local”, exalta.

O secretário adianta que, no decorrer da reforma, os frequentadores estarão em uma sede alugada temporariamente. A expectativa é de que a mudança ocorra no próximo mês.

PASSO A PASSO

Nesta quinta-feira, a arquiteta Ludmilla Tidei de Lima, que levou cerca de dois meses para elaborar as adaptações necessárias ao projeto, deu detalhes sobre a proposta final. “Tombado, o prédio representa boa parte da história da cidade e, por isso, precisamos fazer o mínimo de intervenções possível”, informa.

A profissional, cuja dissertação de mestrado abordou as estações ferroviárias da NOB, desenvolve uma tese de doutorado justamente sobre as instalações da empresa em Bauru.

Além de abrigar a Secretaria de Educação, a Banda Municipal, a Orquestra Sinfônica e outros projetos sociais, a proposta prevê ainda que a Estação também abra espaço para a passagem dos trens turísticos.

O local, segundo Ludmilla, é dividido em térreo e dois pavimentos. No primeiro espaço, haverá, basicamente, um saguão principal, cantinas e ambientes para todas as entidades responsáveis pelas ações sociais.

O primeiro pavimento, por sua vez, abrigará toda a estrutura do Núcleo de Aperfeiçoamento Profissional da Educação Municipal (Napem). O segundo, por fim, será destinado ao gabinete da Educação, à Banda Municipal e à Orquestra Sinfônica.

Os três ambientes terão banheiros e copas coletivos. Tudo adaptado às pessoas com deficiência.

Por enquanto, o município não divulgou qualquer informação sobre o valor do investimento da obra.

A secretária Isabel Miziara e a arquiteta Ludmilla Tidei de Lima reforçam a importância de preservar a história da cidade / Foto: Ana Beatriz Garcia
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