O investimento em ouro elevou o preço do metal para um recorde nesta semana, batendo mais de US$ 1.934 por onça na segunda-feira (27), à medida que as tensões entre os EUA e a China se intensificam, casos de infecção pelo novo coronavírus aumentam e dados do mercado de trabalho dos EUA caem.
O metal já tinha batido o recorde de 2011 na sexta-feira (24), quando fechou a US$ 1.897,50 na Bolsa de Nova York. O ouro ultrapassou US$ 1.900 a onça em 24 de junho e registra um aumento de 25% no acumulado do ano.
Especialistas apontam que o aumento do preço remonta às tensões entre os EUA e a China, decorrentes do fechamento pelos norte-americanos de um consulado chinês, em Houston, na última semana, e a resposta da China na segunda-feira, ao fechar uma embaixada norte-americana, em Chengdu.
O atual cenário desfavorável do mercado de trabalho dos EUA –cerca de 20% dos estadunidenses estão recebendo benefícios federais de auxílio-desemprego– é outro fator do repentino aumento do preço do ouro.
A incerteza sobre como o mundo irá se recuperar da pandemia do novo coronavírus também levou os investidores a recorrer ao ouro que, juntamente com os títulos, é visto como uma aposta segura quando os mercados financeiros estão em declínio.