Mulheres entre 30 e 39 anos são maior parte dos contaminados

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Diretor do Departamento de Saúde Coletiva de Bauru, Luiz Ricardo Cortez detalha o perfil dos contaminados na cidade / Foto: Aceituno Jr.

A faixa, que está em idade produtiva, tem o maior número de casos em Bauru

O perfil majoritário dos infectados pelo novo coronavírus, em Bauru, aponta que a contaminação, realmente, ocorre em quem está mais exposto. A necessidade de sair de casa para trabalhar faz com que a maioria dos casos confirmados de Covid-19 seja de mulheres de 30 a 39 anos. Do total das 2.630 ocorrências positivas da doença, entre os dias 3 de fevereiro e 14 de julho, 359 possuem tal característica. Se contar com o índice masculino da mesma faixa etária, ela também contabiliza o maior número de casos: 649.

Depois, estão aqueles entre 40 e 49 anos (538 casos), seguidos de quem tem de 20 a 29 (516), de 50 a 59 (407), de 60 a 69 (188), de 70 a 79 (113), de 10 a 19 (110), de 80 a 89 (63), de 0 a 9 (38), além de 90 a 99 (8) (confira o quadro).

De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Coletiva, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Ricardo Paes de Barros Cortez, a faixa etária mais afetada tem relação com a sua produtividade. “A doença acomete quem mais se expõe, como é o caso daqueles que saem de casa para trabalhar”, justifica.

Ainda segundo ele, a mesma faixa etária abriga mais representantes, se levar em consideração a pirâmide populacional da cidade. “Quanto maior a população, mais provável a sua contaminação”, complementa.

Questionado sobre a Covid-19 ter acometido mais mulheres desta faixa etária, o diretor revela que as pesquisas que relacionam a suscetibilidade à infecção pelo vírus ao gênero não são conclusivas.

O mesmo raciocínio, segundo ele, é válido para quem apresenta comorbidades e testou positivo para a Covid. Entre os pacientes que se enquadram em ambas as condições, a maioria (6,77%) possui doenças cardíacas. Em seguida, estão aqueles com diabetes (5,13%), doenças respiratórias (4,33%), imunossupressão (1,18%) e doenças cromossômicas (0,19%).

ÓBITOS

Cortez reitera, contudo, que as pesquisas ainda não associam, diretamente, a probabilidade de contaminação a comorbidades. Ele reforça que o fator determinante é a exposição. Já em relação aos óbitos, conforme o JC noticiou, as pessoas que apresentam comorbidades têm maior probabilidade de se tornarem vítimas fatais.

Em Bauru, grande parte dos pacientes que morreram (44,9%) possuía cardiopatia. Depois, estão aqueles com diabetes (36,7%), hipertensão (32,7%), doença renal crônica (18,4%), pneumopatia (16,3%), obesidade (10,2%), câncer (4,1%), demência (2%), sequela de AVC (2%), imunodeficiência (2%), neurológico (2%) e asma (2%).

Ainda em relação aos óbitos, o perfil daqueles confirmados é, basicamente, formado por pessoas entre 70 e 79 anos (18 das 49 mortes). Nesta faixa etária, a maioria (10) das vítimas fatais pertencia ao sexo masculino.

Em seguida, estão os pacientes de 80 a 89 anos (16 das 49). Neste caso, a maior parte (11) era do sexo feminino.

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