Países demonstram preocupação de que o assassinato de Ismail Haniyeh possa agravar o conflito no Oriente Médio
Enquanto o Oriente Médio se recupera do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, líderes mundiais começaram a opinar sobre o tema – com alguns condenando o assassinato e expressando preocupação de que isso poderia agravar o conflito regional.
Líderes palestinos
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o assassinato, assim como o primeiro-ministro, Mohammad Mustafa. O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina, Hussein Al-Sheikh, também o denunciou.
Irã
Vingar o assassinato do líder do Hamas é “dever de Teerã” porque ocorreu na capital iraniana, disse o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, nesta quarta-feira (31). Ele disse que Israel havia criado motivos para uma “punição severa” para si mesmo.
Estados Unidos
A Casa Branca viu os relatos do assassinato de Haniyeh, disse um porta-voz, mas se recusou a comentar imediatamente. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que não acha que a guerra no Oriente Médio seja inevitável, mas se Israel fosse atacado, os EUA ajudariam a defendê-lo.
Catar
O Catar, que hospeda o escritório político do Hamas que Haniyeh liderou, chamou o assassinato de Haniyeh de um “crime hediondo” e uma “escalada perigosa”.
China
Pequim “se opõe firmemente e condena o assassinato” de Haniyeh, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, acrescentando que “Gaza deve alcançar um cessar-fogo abrangente e permanente o mais rápido possível para evitar uma maior escalada de conflitos e confrontos”.
Turquia
O presidente Recep Tayyip Erdogan condenou fortemente o assassinato, que ele chamou de “assassinato traiçoeiro” e “ato desprezível”.
Ele pareceu culpar Israel em uma declaração na qual disse que “a barbárie sionista não será capaz de atingir seus objetivos agora, como falhou antes”. O presidente acrescentou que a Turquia continuará a apoiar o povo palestino.
Rússia
O vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, chamou o assassinato de Haniyeh de “um assassinato político absolutamente inaceitável”, enquanto o Ministério das Relações Exteriores alertou sobre “consequências perigosas para toda a região”, pedindo aos atores estatais que “exerçam contenção”.
Houthis
Mohamed Ali al-Houthi, do grupo militante apoiado pelo Irã no Iêmen, chamou o assassinato de “violação flagrante de leis e valores ideais”.
Hezbollah
O grupo militante libanês apoiado pelo Irã disse que compartilha “sentimentos de dor” e estende suas “mais profundas condolências” ao Hamas pelo assassinato de Haniyeh, que eles descreveram como “um dos grandes líderes da resistência da nossa era atual”.
Jordânia
A Jordânia acusou Israel do assassinato de Haniyeh. O ministro das Relações Exteriores descreveu o assassinato como um crime hediondo e violação do direito internacional.