Letícia Belório e Kemily Leão celebram bronze no Pan e já planejam futuro

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Jogadoras de polo aquático da ABDA e da Seleção estiveram com as medalhas em uma das piscinas do projeto de Bauru

Os sorrisos tímidos e os olhares às vezes perdidos das bauruenses Letícia Belório e Kemily Leão escondem, somente por alguns momentos, a determinação e a garra tão comuns em atletas de alto desempenho. Depois do início da conversa, todas essas características vêm à tona. Desde pequenas da Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (ABDA), as atacantes Letícia e Kemily integraram a Seleção Brasileira feminina de polo aquático medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, no Peru. Conforme noticiou o JC, a conquista veio após derrotarem a seleção cubana por 8 a 7 no dia 10 deste mês.

Na primeira fase da competição, a equipe nacional havia batido a Venezuela por 15 a 4, perdido para os Estados Unidos por 20 a 4 e batido Porto Rico por 12 a 8. Na semi, deu Canadá: 19 a 5 contra as atletas brasileiras. As jogadoras chegaram na noite desta terça-feira (13) a Bauru. “Foi um experiência muito importante, convivemos com jogadores de ponta que nos davam incentivo a todo o momento”, diz a medalhista Letícia. “Quando terminou o jogo que valeu o bronze, fiquei muito emocionada. Já com a medalha na mão, pensei na minha carreira”, complementa.

INCENTIVO

As bauruenses dividiram momentos importantes na competição com nomes de peso do esporte brasileiro, como a judoca medalha de ouro, Rafaela Silva; Ana Marcela Cunha, ouro na maratona aquática, e Chico Barretto, ginasta com três medalhas de ouros. Kemily não ganhou medalha porque era suplente, mas pôde ver de perto o desempenho nas piscinas das companheiras e trocar experiência com nomes internacionais do polo aquático, como a norte-americana Ashleigh Johnson, que tem uma foto de inspiração na academia da ABDA.

“Para nós, ela é uma inspiração no polo, é uma das melhores do mundo. Ficamos encantadas, frenéticas vendo-a jogar”, diz Kemily. De acordo com ela, Johnson disse que conhecia o trabalho da ABDA e viu todo o crescimento do projeto. “Ela, inclusive, acompanha a gente pelo Instagram e vê as nossas vitórias. Isso é muito bacana”, complementa.

FUTURO

Questionadas sobre o futuro, as bauruenses não escondem a vontade de integrar a Seleção Brasileira nas Olimpíadas. Porém, em menos de um mês, as duas vão defender a seleção sub-20 no Mundial da categoria. “Queremos destruir”, diz Kemily, com vigor. Para Letícia, a seleção está evoluindo bastante e tem muitas chances no futuro.

Prova disso é a vitória em cima de Cuba, no Pan. Em janeiro deste ano, na Copa Uana, as cubanas atropelaram as brasileiras. Aí, veio a revanche. “O jogo que eu mais me soltei foi o último, contra elas. Era revanche mesmo. Queríamos o bronze e derrotá-las”, conta Belório. “Estamos criando experiência e a unidade de grupo na seleção. Estamos evoluindo e a vitória em cima das cubanas é um exemplo”, analisa a Kemily.

Força do ouro

O momento mais difícil para Letícia Belório foi a derrota para o Canadá, na semifinal. A atacante saiu da partida depois de três exclusões por falta. “O Canadá jogou o Mundial e veio mais quente para o Pan. É um time de mulheres muito fortes também”, explica a atacante. Antes do jogo, o apoio veio de Ana Marcela Cunha, medalha de ouro na maratona aquática. “Ela nos deu força, incentivando a irmos para cima das canadenses e jogar sem desistir, até o final”, revela.

Rudá destaca que detalhes definiram colocação no pódio

Rudá Franco em mais uma conquista de bronze no Pan

O bauruense Rudá Franco conquistou sua segunda medalha de bronze em Jogos Pan-Americanos, em Lima. Antes, o experiente jogador já tinha integrado a Seleção Brasileira de polo aquático que ficou com a terceira colocação no Pan de Guadalajara, em 2011. Em entrevista ao Jornal da Cidade, o atleta avaliou o desempenho do Brasil em Lima e ressaltou que detalhes definiram a colocação no pódio.

JC – Qual avaliação você faz do desempenho e resultado do Brasil no Pan? O que dá para destacar de acertos e erros?

Rudá – Avaliação foi positiva, nítida a melhora nesses dois meses treinando juntos. Uma pena a semifinal do Pan-Americano contra o Canadá, nossa única derrota. Sofremos dois gols nos últimos dois minutos. Um jogo de alto nível é decidido nos detalhes, e dessa vez acabamos perdendo.

JC – É sua segunda medalha na competição. O Pan, pela tradição, tem um sabor especial?

Rudá – O Pan-Americano é um campeonato especial, muito rápido, seis jogos em sete dias, e temos sempre a oportunidade de jogar com todos os níveis de polo aquático.

JC – O que prevalece, a alegria pelo pódio ou insatisfação pela vaga olímpica em jogo ter escapado?

Rudá – Para ser sincero, fiquei feliz com a retomada do time após a derrota na semifinal contra o Canadá, ficamos muito abalados, mas no dia seguinte estávamos lá, lutando para conquistar o bronze, mesmo sabendo que tínhamos totais condições de jogar a final. A vaga olímpica foi adiada para o Pré-Olímpico, em março do ano que vem. Será difícil, mas hoje temos time para brigar por ela.

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