Os três cartórios eleitorais de Bauru concluíram o processo de auditoria das urnas eletrônicas. O procedimento faz parte da preparação para as eleições, com o segundo turno acontecendo neste domingo, com as disputas de governador e presidente. O procedimento é aberto e pode ser acompanhado por qualquer cidadão. Na ocasião, é simulada uma votação, para aferir que os resultados são compatíveis.
A 300ª Zona Eleitoral fez a simulação anteontem e a 23ª Zona Eleitoral ontem. Já a 387ª Zona Eleitoral fez o procedimento na última sexta-feira. A simulação ontem contou com a presença da imprensa, do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Bauru, Alessandro Biem, e o major Fabiano Serpa, da Polícia Militar (PM). Os presentes no encontro foram os eleitores da simulação, e depois foi aferido se os votos computados na urna eram os mesmos em comparação ao que foi digitado.
No caso da 23ª Zona Eleitoral, que abrange várias regiões de Bauru e o município de Piratininga, o juiz Jayter Cortez Júnior escolheu 26 urnas eletrônicas de seções em que houve alguma reclamação de eleitores no primeiro turno, no começo deste mês. “A gente faz esse procedimento no primeiro e no segundo turno, escolhendo por amostragem. Como já houve o primeiro turno e em 26 seções aconteceu alguma reclamação de eleitores, optamos por escolher essas urnas para saber se havia algum problema, já partindo do pressuposto que nas demais não havia nada. Mas na maioria dos casos em que há reclamação, não foi constatado problema de fato, no primeiro turno os eleitores votaram em seis candidatos, então alguns podem acabar se confundindo na ordem da escolha”, frisa.
Na 300ª Zona Eleitoral, a juíza Ana Carla Criscione lembra que foram auditadas urnas de Bauru, e dos municípios de Avaí e Arealva, que fazem parte desta área eleitoral. “A gente já fez o procedimento e deu tudo certo, com quatro urnas de Bauru, uma de Avaí e uma de Arealva, e deu tudo certo. Agora já vamos começar a fase de montagem das urnas nas escolas, a partir de sexta-feira (amanhã), para estar tudo pronto até o dia da eleição”, cita. Na 387ª Zona Eleitoral, o juiz André Luís Bicalho Buchignani também já realizou a auditoria. “Fizemos o procedimento nas urnas, que estão agora preparadas para a eleição. No primeiro turno a nossa área teve poucos registros, foi bastante tranquilo, e a tendência é que seja ainda mais calmo agora, pois serão apenas dois candidatos em que cada eleitor vai votar, deve ser mais rápido”, lembra.
PROCEDIMENTO
A simulação é chamada também de votação forçada. O programa é adaptado para que uma eleição fictícia seja feita antes do dia da votação, com todos os procedimentos de uma eleição. A urna eletrônica emite a relação de todos os candidatos antes do início, com a votação zerada, mostrando que nenhum deles tem nenhum registro antes da abertura da seção – a chamada ‘zerésima’, e depois os presentes fazem uma votação. Ao final, é emitido boletim de urna e verificado se o resultado é o mesmo do que apareceu na tela ao longo da escolha.
Apuração ágil
No próximo domingo, os três cartórios eleitorais devem concluir a transferência de dados ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) mais rápido até do que no primeiro turno, quando boa parte dos dados foi encaminhada até pouco depois das 19h. Como dessa vez a votação é para apenas dois cargos, a previsão é que a transferência seja concluída antes desse horário, se não houver congestionamento na rede do TRE. A divulgação dos resultados para governador acontece logo depois que os dados chegam, enquanto a de presidente só poderá ser feita após às 19h, pois depende do fim dos trabalhos no Acre, onde o fuso horário é duas horas a menos em comparação ao horário de Brasília, portanto a população deverá esperar algumas horas após o fim da eleição para conhecer os novos presidente e governador. |
Fonte: https://www.jcnet.com.br/Politica/2018/10/justica-eleitoral-audita-urnas-em-bauru.html