Hipnoterapia na infância

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Alternativa a medicamentos, tratamento é personalizado e pode ser aplicado em crianças a partir dos 6 anos de idade

Solução
A vendedora Isabela Lallo Frollini Alavasse sempre buscou um tratamento alternativo para a hiperatividade do filho Miguel André Lallo, de 12 anos. Ela conta que o menino já foi tratado com medicamentos, mas o resultado não foi satisfatório.  “Depois de muito pesquisar conheci a hipnoterapia. O Miguel ainda está fazendo as sessões, mas a melhora já é muito aparente. Está muito mais centrado e atento. O resultado é muito melhor e mais rápido que os medicamentos”, conta.  Isabela participa como ouvinte das sessões de hipnoterapia do filho. “Acho importante minha presença porque também é uma oportunidade para perceber onde e como posso melhorar a relação com ele. O tratamento resgata e resolve muitos traumas, e proporciona uma vida melhor para a criança sem a necessidade de medicamento”. Para o adolescente, a tranquilidade adquirida diante dos momentos de estresse foi o maior ganho que obteve com o tratamento. “Aprendi a me concentrar mais e melhor, o que me deixa menos agitado e bem mais relaxado. Hoje sou bem mais calmo, inclusive com meus pais. A hipnose traz essa reorganização para a vida da gente”, acrescenta Miguel.

Mente sã, corpo são. Uma verdade pertinente para os dias de hoje, quando doenças emocionais, como depressão e ansiedade, já são quase endêmicas. Problemas que antes eram só de adultos, agora fazem parte da vida de muitas crianças. Os pais, em vez de medicamentos, têm recorrido à hipnoterapia para o tratamento dessas doenças. Isso porque os resultados são rápidos e muito satisfatórios, além de se evitar a exposição precoce dos filhos a remédios que trazem efeitos colaterais extremamente desconfortáveis.
Na hipnoterapia o paciente é colocado em estado de relaxamento para que o inconsciente auxilie no processo de cura. A técnica permite que a consciência fique livre de julgamentos para resolver e ressignificar as marcas deixadas por emoções vividas no passado. A pessoa tem total controle da situação, já que a hipnose é intencional e não forçada.
A criança pode ser submetida ao tratamento, que é personalizado, a partir dos 6 anos de idade, quando já tem condições de se comunicar de forma clara com o hipnoterapeuta. Em um primeiro momento, passa por uma avaliação para que o profissional entenda a queixa apontada pelos pais. Em geral, três sessões são suficientes para resolver o problema.
“Os pais podem acompanhar todo o trabalho na sala, desde que não interfiram. Aliás, acabam fazendo o tratamento junto com os filhos, pois conseguem rever muitas posturas no relacionamento entre ambos”, explica a psicóloga e hipnoterapeuta Karina Marcuci, que integra o grupo de 50 profissionais do Brasil certificados e habilitados para atuar com hipnose no País.

 

O tratamento com hipnoterapia é recomendado para uma série de diagnósticos de cunho emocional, o que envolve problemas de baixa autoestima, timidez excessiva, déficit de atenção, temperamento explosivo, medo, fobia, gagueira e outros traumas.
“Com a hipnoterapia podemos acessar memórias da criança de quando ainda estava no útero da mãe. Emoções negativas conectadas a estresse ou briga dos pais são situações muito bem resolvidas pela hipnose. Esses traumas acabam determinando e explicando a reação das crianças diante das situações vividas no dia a dia”, acrescenta a hipnoterapeuta.
Os conselhos federais de Medicina e de Psicologia já reconhecem a hipnose como ferramenta no tratamento de distúrbios emocionais.
“Oferecer à criança ainda na tenra idade a oportunidade de reorganizar toda essa bagagem de emoções internas contribui para a construção de uma personalidade mais segura, equilibrada e feliz”, sentencia Karina.

 

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