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Golpe da falsa central telefônica: como se proteger?

O telefone toca. Do outro lado da linha, o atendente informa estar na central antifraude do seu banco e lhe alerta sobre um alto volume de compras e transferências suspeitas em sua conta. Repete todos os seus dados pessoais, o que dá ainda mais veracidade à história. Essa situação se repete diariamente, em todas as partes do Brasil.
Com o avanço da tecnologia, os golpes bancários estão cada vez mais convincentes e perigosos, causando danos financeiros incalculáveis a clientes. Só este ano, o conhecido “Golpe da Falsa Central Telefônica” cresceu 340% segundo a Febraban – Federação Brasileira de Bancos.

Gerente de Segurança Cibernética do Banco Mercantil do Brasil e professor da PUC Minas, Ricardo Leocádio explica que, embora os fraudadores estejam cada vez mais ardilosos, existem algumas maneiras de prevenir contra possíveis golpes e fraudes. “O banco nunca liga pedindo dados, número de cartão, senhas ou códigos. Caso isso ocorra, o usuário pode ter certeza de que trata-se de um fraudador e, portanto, deve desligar a ligação”, explica.

Os golpistas também têm solicitado, com frequência, que o cliente desconfiado desligue o telefone e ligue para o banco para confirmar a veracidade das informações, reforçando que a ligação precisa ser feita, obrigatoriamente, do telefone fixo. “Neste momento, sua linha telefônica já está grampeada e o próprio golpista atenderá a ligação. Bancos não fazem distinção entre ligações feitas de telefone fixo ou celular. Qualquer exigência feita pelo atendente já deve avaliada como possível golpe”, completa

Já caí no golpe, e agora?

Caso o cliente já tenha sido lesado pelo golpe da falsa central telefônica, o especialista reforça o que precisa ser feito de forma imediata. “É importante que o cliente faça contato com o banco assim que identificar o golpe e peça o bloqueio preventivo de todos os cartões e dispositivos digitais de acesso à conta até a apuração do caso. Após o entendimento dos riscos, faça novo contato e libere cartões, senhas e dispositivos que não tenham sido comprometidos”, orienta.

Além disso, é fundamental fazer um boletim de ocorrência junto à polícia local. “As pessoas têm a impressão que o boletim de ocorrência é apenas uma etapa protocolar, mas é a partir deles que é possível mensurar a incidência dos golpes para dar o devido tratamento e também localizar quadrilhas inteiras de fraudadores. Em alguns casos, identificado o fraudador, é possível até mesmo acionar a justiça para responsabilizar o autor do golpe e reaver as quantias perdidas”, finaliza.

Como evitar golpes bancários

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