Cerca de 30% dos brasileiros entre 35 e 44 anos não têm nenhum dente
Os hábitos cultivados desde a infância influenciam diretamente na saúde bucal na vida adulta. Esta é uma das principais indicações do dentista Gabriel Lembo, da Simplan, para reduzir as estatísticas do Ministério da Saúde ao constatar que cerca de 30% dos brasileiros entre 35 e 44 anos não têm nenhum dente.
Até os 11 anos, a criança tem “dentes de leite”, como são popularmente conhecidos os dentes decíduos. Por não serem permanentes, muitos negligenciam a higiene bucal com base em que eles logo serão renovados. Porém, com isso, o hábito da escovação não é adotado pela criança e os reflexos da má escovação e alimentação estarão presentes nos dentes permanentes.
– Há casos em que já nascem com cárie e, mesmo assim, os pais não levam a criança para fazer o tratamento. Se o caso se agrava, não há como salvar o dente e a criança perde o dente – analisa.
A escovação diária após as refeições e frequentes consultas ao consultório odontológico podem evitar a perda dos dentes.
– Trata-se de um hábito que deve ser adquirido desde cedo para que acompanhe o indivíduo ao longo da vida inteira. Os pais devem auxiliar os filhos pequenos na escovação e, conforme forem crescendo, estimular a higiene bucal depois de cada refeição – ensina Gabriel.
A escovação correta dos dentes, segundo o especialista, depende, em primeiro lugar, de uma escova. A duração média desse utensílio de limpeza deveria ser de três meses, pois, depois disso, as cerdas se deterioram e perdem a eficácia na escovação. Entretanto, no Brasil, o consumo médio é de menos de uma escova de dente por ano por pessoa.