A vacina é recomendada para os maiores de 18 anos, com um intervalo entre doses de quatro semanas. Ela não é recomendada para grávidas. Imunizante não é usado no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira (3) o uso emergencial da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, produzida pela Bharat Biotech. O imunizante não é usado no Brasil.
Segundo a OMS, a Covaxin é recomendada para os maiores de 18 anos, com um intervalo entre doses de quatro semanas. Ela não é recomendada para grávidas.
“O Grupo Técnico Consultivo, convocado pela OMS e composto por especialistas em regulamentação de todo o mundo, determinou que a vacina Covaxin atende aos padrões da OMS para proteção contra a Covid-19. O benefício da vacina supera os riscos e ela pode ser usada”, disse a entidade.
No comunicado, a OMS informou que a Covaxin tem eficácia de 78% contra a Covid-19, em todos os estágios (de leve a grave), 14 dias ou mais após a segunda dose. Também disse que a vacina é facilmente armazenada, requisito importante para países de baixa e média renda.
A Covaxin é baseada em vírus inativado. Essa técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e a produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir. Ela é administrada em duas doses.
Sétima aprovação
Essa é a sétima vacina a receber aprovação de uso emergencial pela OMS. Veja quais são as outras:
- Pfizer (usada no Brasil)
- Oxford/AstraZeneca nas versões produzidas na União Europeia e pelo Instituto Serum (usada no Brasil)
- Johnson (usada no Brasil)
- Sinovac/CoronaVac (usada no Brasil)
- Moderna
- Sinopharm
A aprovação da OMS é um pré-requisito para o fornecimento de vacinas através do Covax Facility, aliança global criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid. Além disso, também permite que países agilizem a aprovação regulatória para importação e administração dos imunizantes.
“Esta lista de uso emergencial expande a disponibilidade de vacinas, as ferramentas médicas mais eficazes que dispomos para acabar com a pandemia”, disse Mariângela Simão, subdiretora geral da OMS para acesso a medicamentos e produtos de saúde.
Covaxin na CPI da Covid
O governo brasileiro chegou a negociar doses da vacina indiana, mas a compra foi suspensa após denúncias de irregularidades. O contrato de compra da Covaxin foi suspenso pelo Ministério da Saúde depois que uma série de supostas irregularidades veio à tona em meio aos depoimentos da CPI da Covid.
Em julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu encerrar o processo sobre o pedido de uso emergencial da vacina. A decisão foi tomada um dia após o laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu a vacina, anunciar a ruptura do memorando de entendimento que havia sido firmado com a empresa brasileira Precisa Medicamentos.
A Precisa atuava na intermediação do contrato de compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde.
A ruptura desse acordo fez com que a Covaxin ficasse sem representante nacional. Como o pedido de uso emergencial foi protocolado pela Precisa, na prática, o fim da representação formal prejudicou o avanço dos papéis.
FONTE: G1