Após Bauru registrar recorde de casos e mortes de H1N1 no ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde inicia, nesta segunda-feira (17), uma campanha em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A ação tem como foco vacinar cerca de 100 mil pessoas, nesta primeira etapa formada por grupos prioritários (veja mais no quadro no final), para evitar que haja explosão casos da doença em 2018 na cidade.
No ano passado, o vírus, também conhecido como gripe A ou Influenza A, matou 11 pessoas e acometeu outras 34 no município, registrando o maior índice desde 2009, ano em que, pela primeira vez, a presença do vírus foi detectada no mundo.
CINTURÃO EPIDEMIOLÓGICO
O fato provocou reação da população no ano passado e cerca de 110 mil pessoas foram vacinadas pela prefeitura. O total ultrapassou o índice esperado da campanha na época, chegando a 103% da população prevista imunizada.
Como a vacina tem duração de um ano, a expectativa é que provoque impacto positivo em 2017. Até o momento, nenhum caso de H1N1 foi registrado em Bauru. “Foi criada uma espécie de cinturão epidemiológico. O vírus pode até circular pela região, mas não entra na cidade”, comenta Ezequiel Santos, diretor da vigilância epidemiológica municipal. “O problema é que, se as pessoas relaxarem e não tomarem a vacina neste ano, poderemos ter uma explosão de casos no ano que vem de novo”, destaca Santos.
Outro alerta feito por ele é de que a cada ano a composição da vacina muda, por conta da mutação natural do próprio vírus. O que faz com que a vacinação anual seja imprescindível.
IMUNIZAÇÃO
De olho na imunização de 100 mil, a Campanha de Vacinação contra Influenza de 2017 seguirá até o dia 26 de maio. No dia 13 de maio, também será realizado o ‘Dia D’, o Dia da Mobilização Nacional contra a Influenza. Nesta data, postos de saúde de todo o País devem abrir as portas para imunizar a população (formada também por grupos prioritários) contra a doença.
Para este ano, os postos de saúde mantiveram o registro de acamados, desde a última campanha, e eles receberão a vacina normalmente. Para inserir um nome na lista de acamados, basta procurar a UBS mais próxima.
Na campanha, várias categorias estão indicadas como grupo prioritário. Os professores também foram incluídos neste ano. Para a imunização na UBS, o profissional deve apresentar algum documento que comprove sua profissão.
Doenças crônicas
As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independentemente da idade, devem verificar se existe a indicação do Ministério da Saúde em conjunto com sociedades científicas para a vacinação. Se houver, é preciso prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, que deverá ser apresentada no ato da vacinação.
Público em geral
Como a campanha é voltada a um grupo específico nesta primeira etapa, quem não fizer parte dele pode vacinar-se na rede privada. Algumas clínicas já dispõem da vacina.
Se houver sobra de doses após a imunização do grupo específico nesta etapa, a prefeitura irá expandir a vacinação para o público em geral, posteriormente.