A proposta de retomar o crescimento econômico e promover um desenvolvimento sustentável para Bauru nos próximos anos é um dos principais desejos da sociedade. Formada por pessoas de diversos segmentos, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Bauru (Codese) analisou dados, após uma consultoria com especialistas, para propor metas para os próximos anos.
O Codese entregou aos 14 candidatos a prefeito um caderno com as metas, em seis áreas – Desenvolvimento Econômico e Social; Inovação; Gestão Pública e Parcerias; Educação; Planejamento Urbano; e Saúde. Cada um deles teve um grupo temático que discutiu e elaborou os indicadores, após comparações com outros municípios e as médias estadual e nacional, em cada área, e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que são a principal referência mundial para objetivos a serem alcançados em todos os países.
ECONOMIA
Entre as metas para o desenvolvimento econômico, estão propostas como estruturar os distritos industriais, reduzir a burocracia, mapeamento da oferta e demanda de empregos, formação de profissionais alinhados à vocação da região, realização de feiras e eventos, espaços para a comercialização da produção rural, compras da prefeitura voltadas aos micro e pequenos empresários, educação profissionalizante, além do incentivo ao turismo de negócios. Ainda dentro desta área, o Codese propõe ações para a destinação correta de resíduos, necessário para atrair empresas.
Os membros participantes do Codese lembram que todos os candidatos receberam as metas, primeiro com a apresentação em agosto, por meio de videoconferência e, agora, após a oficialização das chapas, com um caderno impresso, além de versões digitais. “O objetivo é dar um tratamento igualitário a todos os candidatos. Entregamos a todos eles, para que conheçam e possam assumir o compromisso de trabalhar para atingir as metas. O Codese não é um conselho fiscalizador, mas colaborativo, que pretende estar ao lado de quem for eleito, independente de partido. Muitas das metas dependem mais de atitude do que de Orçamento por parte da prefeitura”, afirma Luiz Franzolin.
“Assim que o Codese estiver oficializado por lei aprovada pelo Legislativo como um conselho municipal, a plenária do conselho terá 33 entidades participando, representando diversos segmentos”, destaca Antonio Alliberty de Castro, outro membro que colaborou na idealização do conselho.
Os membros Alfredo Neme, Sebastião Gândara Vieira, Luiz Fernando Furtado e Eduardo Stevanato também consideram que o Codese poderá contribuir com a elaboração de projetos, inclusive com a criação de um fundo com recursos da iniciativa privada, de forma a atuar em parceria com a prefeitura, independente do prefeito que esteja no cargo naquele momento.
No tema Inovação, a modernização dos processos dentro da prefeitura e o investimento em novas tecnologias estão entre as propostas. Esta área, em parceria com o Desenvolvimento, terá a função preponderante de atrair novas empresas e permitir o crescimento das que já estão em Bauru.
Na área de Planejamento Urbano, a proposta principal é melhorar a mobilidade e acessibilidade. Os candidatos receberão metas para aumento do número de usuários do transporte coletivo, com a melhoria do sistema, e a ampliação da quantidade de ciclovias e ciclofaixas. Também terão metas em drenagem, para reduzir enchentes, e no meio ambiente, com indicadores para aumentar a reciclagem do lixo, o tratamento de água e esgoto, a elaboração de novos projetos e o aumento da proporção de árvores por habitante.
Na Gestão Pública, a eficiência também será aferida, com uso de índices da Firjan. Um deles é a arrecadação tributária e o aproveitamento do dinheiro. Entre as metas, a redução para menos de 50% da Receita Corrente Líquida (RCL) da despesa com pessoal e aumento da verba para investimentos, passando de 5,1%, que é a média atual, para 6,7%. Também deverão receber atenção os índices previdenciários, de transparência e acesso à informação, e a digitalização de processos na prefeitura, que deverá chegar a 80% em quatro anos. Neste último, a meta é que o prazo para obtenção de alvarás caia para três dias e de licenças para dez dias.
A Saúde terá que dar mais ênfase na prevenção, com redução de taxas de mortalidade infantil e materna e de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis em pessoas entre 30 e 69 anos, além da redução de mortes por causas sensíveis controladas, como pressão alta, diabetes, asma e insuficiência cardíaca. Ainda na saúde, a proposta é aumentar as consultas de pré-natal e a integração de dados na rede municipal e compartilhamento com a rede estadual.