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Confiança do consumidor atinge em junho maior pontuação em 7 meses, aponta FGV

Indicador que mede o ímpeto de compras para próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento do otimismo, mas permanece em patamar abaixo do nível pré-pandemia, aponta FGV.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 4,7 pontos em junho, para 80,9 pontos, maior valor desde novembro de 2020 (81,7 pontos), segundo informou nesta quinta-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas. Foi a terceira alta consecutiva depois do tombo de março, mantendo a trajetória de recuperação.

Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 4,2 pontos após seis meses consecutivos de queda.

Confiança do consumidor — Foto: Economia G1

“Sob a ótica das famílias, a percepção é de melhora da situação atual e também das perspectivas futuras. Pela primeira vez desde julho do ano passado, a intenção de compras de bens duráveis avança de forma mais expressiva, o que parece relacionado a um maior otimismo em relação ao mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que existam diferenças entre as faixas de renda”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

 

Segundo o levantamento, houve melhora tanto da percepção dos consumidores sobre o momento atual quanto das expectativas em relação aos próximos meses.

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos, para 71,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) cresceu 5,9 pontos, para 88,3 pontos, ambos atingem o maior patamar desde novembro de 2020, mas ainda baixo em termos históricos.

Segundo a FGV, o indicador que mede o ímpeto de compras para próximos meses foi o que mais contribuiu para o aumento da confiança em junho ao subir 11,1 pontos, para 64,6 pontos, maior nível desde novembro de 2020 (69,5 pontos). No entanto, o indicador ainda se encontra em patamar consideravelmente baixo quando comparado aos níveis pré-pandemia de Covid-19. Entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020, o valor médio do indicador para compras previstas de duráveis foi de 82,7 pontos.

A análise por faixas de renda mostrou melhora da confiança em todas as faixas de renda, com destaque para os consumidores com maior poder aquisitivo com renda acima de R$ 9.600, cujo ICC aumentou 4,6 pontos para 89,9 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020. Já entre aqueles com renda de até R$ 2.100, o patamar subiu para 74,1 pontos.

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