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Centrinho assina convênio com ONG internacional e deve aumentar número de atendimentos

Thyago espera que a verba extra seja usado para aumentar o atendimento no Centrinho

O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, em Bauru (SP), o Centrinho, assinou um convênio com uma ONG internacional e deve aumentar o número de atendimentos.

O Centrinho é referência nacional no tratamento de deformidades craniofaciais como a fissura de lábio. O hospital passa por dificuldades financeiras, mas este convênio deve trazer novo fôlego com a injeção de verba.

O representante dos pacientes do conselho deliberativo do hospital Thyago Cézar espera que a novidade beneficie quem precisa de atendimento. “A expectativa é muito grande que seja ampliado a contratação dos médicos necessários e consequente atendimento dos pacientes com fissura”, diz.

A parceria foi feita através da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo. A “Smile Train” é uma ONG internacional de caridade infantil que atua em mais de 80 países.

No convênio, a ONG vai doar para o centrinho US$ 250 por cirurgia realizada na instituição. A estimativa inicial é contar com um recurso extra de mais de R$ 75 mil por mês. Este dinheiro deve ser investido na contratação de anestesistas.

O hospital vem reduzindo os atendimentos por falta de dinheiro. Segundo a representante do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), Cláudia Carrer, o número de cirurgias vem caindo, principalmente por conta da redução no quadro de funcionários. Desde janeiro de 2015, 101 servidores deixaram o centrinho por motivos diversos, entre eles o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária.

“Diminuiu o funcionário para dar esse atendimento ao paciente em questão de cirurgias. Antigamente o centrinho realizava 32 cirurgias por dia, tem dias hoje que realiza dez, cinco cirurgias”, diz Cláudia.

A direção do Centrinho confirmou em nota que o número de atendimentos está diminuindo por conta da redução do quadro de funcionários, principalmente médicos anestesistas. Disse ainda que essas vagas não foram preenchidas por falta de recursos.

Desde setembro do ano passado o Centrinho também reduziu temporariamente o número de agendamento de casos novos para apenas 4 por semana. Segundo o hospital, isso foi necessário para conseguir atender quem já é paciente. Além disso, a superintendência alega que a instituição não é mais a única no Brasil credenciada pelo SUS para o atendimento desse tipo de especialidade. Existem hoje 28 centros habilitados para tratamento de fissura labiopalatal e 29 serviços de implante coclear em diversos estados.

O Centrinho informou também que as prioridades são atender pacientes da Diretoria Regional de Saúde de Bauru e do Estado de São Paulo.

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