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Bauru recebe prêmio por conseguir redução da sífilis

Queda é resultado de trabalho integrado desempenhado pela Secretaria de Saúde

Bauru recebeu o prêmio Luiza Matilda durante a 4.ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis, realizada em São Paulo. A premiação gratifica os municípios que reduziram os índices de sífilis congênita – aquela transmitida de mãe para filho -, graças ao aumento na taxa de detecção da doença ainda no decorrer da gestação. A cidade esteve representada pela infecto-pediatra Renata Masotti.

A premiação considerou dados referentes ao ano de 2017, período em que Bauru reduziu em 19% os casos de sífilis congênita. A atenuação é resultado do trabalho desenvolvido pela Vigilância Epidemiológica do município em conjunto com a Rede Básica de Saúde, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Centro de Referência em Moléstias Infecciosas (CRMI) e Maternidade Santa Isabel.

Com a soma de esforços, tornou-se possível aumentar em 13% o número de diagnósticos precoces de gestantes infectadas pela doença. Assim, pode-se oferecer o encaminhamento necessário para que a sífilis não fosse transmitida ao bebê ou, caso este acabasse infectado, recebesse o tratamento necessário logo ao nascer. Além de Bauru, outros 21 municípios foram premiados pela melhora dos resultados.

POR ETAPAS

Diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Ezequiel Santos conta que o trabalho desenvolvido pelo município é composto por diversas etapas. “O teste rápido é feito assim que a paciente descobre a gravidez em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Se der positivo, o tratamento é logo iniciado”, explica.

Ezequiel esclarece, também, que, em caso de confirmação da doença, o parceiro da gestante também recebe atendimento.

Após o diagnóstico, a paciente é acompanhada durante o pré-natal, realizado na rede básica. No final da gestação, ao chegar à maternidade, a mãe passa novamente por um teste rápido. Em caso de resultado positivo, a criança, logo ao nascer, passa pelo teste. Também se for confirmado, o bebê recebe tratamento antes mesmo de receber alta médica. Depois da liberação, a criança ainda passa por acompanhamento até completar dois anos de idade.

Desse modo, os pequenos pacientes são atendidos por infecto-pediatras do CRMI, que oferecem apoio matricial para tratamento da doença. Cabe ao CTA garantir que não falte testes rápidos na rede básica de saúde, que oferece atendimento pediátrico às crianças. “A Vigilância, por sua vez, atua na apuração, controle e análise dos dados e qualifica os serviços para que não haja erros durante o tratamento”, finaliza Ezequiel Santos.

PREOCUPAÇÃO SOCIAL

A coordenadora do Programa Municipal de IST/Aids (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e Hepatites Virais, Josiane Carrapato, acrescenta que o atendimento também tem uma preocupação social. “Nós nos articulamos com os Cras e assistentes sociais para dar suporte a mães em situação de vulnerabilidade e, dessa forma, diminuir cada vez mais a incidência de casos”, pontua. “Há uma preocupação e um cuidado amplo com a mulher”, finaliza.

Fonte: JC NET

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