A quantidade de chuva neste fim de semana causou transtornos em toda a região Centro-Oeste Paulista. Em Bauru, o excesso de água prejudicou pontos conhecidos e até locais onde não é comum alagar.
Segundo dados do Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp (IPMet), choveu mais que o dobro do esperado para maio. Foi tanta água que, segundo o Departamento de Água e Esgoto de Bauru (DAE), paralisou a produção da estação de tratamento.
Quase 40% dos moradores são abastecidos pelo Rio Batalha. Os bairros Jardim Ouro Verde, Jardim Ferraz, Granja Cecília, Jardim América, Jardim Estoril, Altos da Cidade, Centro e Vila Falcão.
Segundo o Presidente do Dae Eric Fabris, com a chuva que atingiu a cidade, muita terra parou na Estação de Tratamento. “Sempre que a turbidez passa de 300 fica impossível tratar a água pelos métodos convencionais que são adotados aqui na estação de tratamento.”
O presidente explica que uma das causas do aumento da turbidez é a falta de mata ciliar às margens do rio Batalha e outros fatores externos à captação que estão sendo estudados para minimizar os danos. O DAE ainda informou que até o final da tarde deve retomar o tratamento e na terça-feira (23) o abastecimento será normalizado.
Trânsito complicado
A Avenida Nações Unidas ficou interditada durante a chuva no domingo, mas nesta segunda-feira (22) o trânsito continuou complicado. Um lado da pista sob o viaduto da ferrovia amanheceu cheio de lama. No cruzamento da Nações Unidas com a Avenida Rodrigues Alves, mais lama. O trânsito deve ser liberado ainda nesta segunda-feira.
Na Rua Coronel Alves Seabra também teve estragos. Uma cratera que já existe há um tempo, aumentou mais ainda e com isso, um poste de luz foi parar no buraco.
Segundo a CPFL, o poste já estava desligado e por isso o bairro não ficou sem energia, mas por outro lado, a rede esgoto ficou prejudicada e o mau cheiro tomou conta das ruas.
No bairro Jardim Carolina, 11 casas estão em situação de risco e oito já foram interditadas. Três famílias que permanecem nas casas se recusam a sair, segundo a Defesa Civil.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, que esteve no local pela manhã, obras serão realizadas no local para evitar que o desmoronamento atinja as casas. O coordenador da defesa civil, Sidnei Rodrigues disse que o prefeito Clodoaldo Gazzetta entrou com pedido de verba no Ministério das Cidades para conseguir recursos para refazer todo o sistema de galerias de águas pluviais, mas não tem prazo.
O coordenador disse que para consertar a cratera da Rua Coronel Alves Seabra é preciso três dias de estiagem para começar as obras.