Quem já passou pela situação de receber o diagnóstico de uma doença progressiva e, ainda sem cura, como a Doença de Parkinson (DP) conhece bem as incertezas e o desgaste emocional não apenas para seu portador, como para toda família. Nestas horas, o apoio da família, dos amigos e de uma equipe multiprofissional (médicos, fisioterapeutas, profissionais da educação física, psicólogos, biomédicos, entre outros) pode fazer toda diferença.
A cidade de Bauru, desde maio de 2015, conta com um programa de atividade física sistematizado para pessoas da Doença de Parkinson: o ATIVA PARKINSON, com aulas duas vezes por semana em que se trabalha todos os aspectos importantes para a melhora das limitações causadas pela doença: exercícios de equilíbrio, coordenação, força, flexibilidade, agilidade e locomoção. O programa tem ainda o compromisso de trazer informações comprovadas pela ciência na forma de palestras e cursos tanto para o parkinsoniano e sua família como para profissionais que desejam se especializar na área. Isso é possível, pois o programa é parte das atividades desenvolvidas em parceria com duas Instituições de Ensino Superior (UNESP e USC), fazendo a articulação entre ensino, pesquisa e extensão de serviços à comunidade.
Sem desculpas!
Além do tratamento clínico proposto pelo médico, que acompanhará o paciente periodicamente, exercitar-se rotineiramente é, comprovadamente, uma das armas mais eficientes para driblar os sintomas físicos, motores e psíquico-emocionais da doença. Entretanto, nem sempre é fácil começar e encontrar um local com trabalho especializado para a DP.
Praticar atividade física de forma regular e programada é difícil e exige dedicação, mas é inegavelmente compensador, especialmente quando os benefícios do exercício físico começam a serem percebidos e vivenciados. Para a pessoa com DP a sensação é ainda mais compensadora e vitoriosa devido às dificuldades motoras enfrentadas por este grupo de pessoas. Pesquisas científicas na área têm mostrado que as limitações impostas pela DP são passíveis de melhora com a prática de exercícios bem conduzidos por profissionais com conhecimento na área. O quadro verde mostra os benefícios físicos, que comprovadamente, são alcançados com os exercícios físicos (para mais informações consulte o livro Doença de Parkinson e Exercício Físico – autores: Fabio A. Barbieri, Lilian T. B. Gobbi e Rodrigo Vitório).
Quando a prática de exercício físico é realizada em grupo, o convívio com outras pessoas que tem a doença traz um bônus nos benefícios psicológicos. A troca de experiências e a camaradagem acabam por trazer a motivação que às vezes falta para continuar. A ciência também mostra que praticar exercícios regularmente ajuda nas funções mentais, como atenção, memória e percepção (quadro azul). Creio que você já possa ter se convencido de que não há motivos para não se engajar em algum programa de atividade física, mas deve estar se perguntando onde procurar.
Ativa Parkinson
Informações:
(14) 31036082 Ramal: 7993
Responsáveis pelo programa:
Prof. Dr. Fabio A. Barbieri e Profa. Ms. Carolina M. Fiorelli.