Após reunião com governadores dos estados, o Ministério da Saúde definiu a compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, imunizante contra a Covid-19 testado pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Em fase final de testes e com baixos índices de efeitos adversos, a Coronavac ainda precisará ser devidamente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Correndo tudo certo, a distribuição será feita pelo Programa Nacional de Imunizações.
A decisão foi anunciada depois que, como antecipou a CNN, técnicos do Butantan viajaram a Brasília para apresentar ao Ministério da Saúde as informações pedidas sobre a vacina chinesa. O Instituto Butantan é uma entidade técnica ligada ao Governo de São Paulo.
Acrescentadas as 46 milhões de doses da Coronavac, o Brasil pode chegar pelos acordos já definidos a um total na casa de 188 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19. Como as principais vacinas em teste trabalham com duas doses, esse total seria o equivalente à vacinação de cerca de 44% da população brasileira.
O total é composto também pelas cerca de 100 milhões de doses negociadas da vacina produzida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca e por um contingente extra de imunizações previstas pelo Covax, o consórcio para a produção de vacinas das Nações Unidas.
O cálculo considera as informações do governo brasileiro a respeito do Covax. De acordo com o que foi anunciado no momento da adesão do Brasil ao Covax, o país teria direito a imunizantes para abarcar 10% da sua população.
As projeções mais recentes do IBGE trabalham com 212 milhões de habitantes no Brasil, o que resultaria em imunizações para 21,2 milhões de habitantes ou 42,4 milhões de doses.
(Com informações de Kenzô Machida, Daniela Lima, Renata Agostini e Guilherme Venaglia)