Adesão à greve dos servidores municipais cai em Bauru

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A greve dos servidores municipais registrou adesão menor nessa segunda-feira (2), quando chegou ao seu 14.º dia. Segundo balanço oficial divulgado pela prefeitura, no fim da tarde desta segunda, 792 funcionários seguiam de “braços cruzados” (sendo que Educação somava 549 e Saúde, 116), uma queda de 25% em relação aos 1.065 adeptos ao movimento na última sexta-feira. O Sindicato dos Servidores Municipais de Bauru e Região (Sinserm) confirmou que a adesão chegou à casa dos 700 servidores.

O governo disse mais uma vez que deve mesmo descontar dos grevistas os dias parados. Mesmo assim, a categoria garantiu que irá manter a greve, embora haja uma liminar do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado exigindo a presença no trabalho de 70% do quadro de servidores da Educação e da Saúde sob a aplicação de multa de R$ 5 mil por dia em caso de desobediência. No deferimento da liminar, o desembargador designou audiência entre as partes para esta quinta-feira, às 14h30, em São Paulo.

Ainda nesta segunda, o Sinserm protocolou, no Palácio das Cerejeiras, a recusa das três propostas feitas pelo prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) na última quarta-feira. A rejeição foi tirada em assembleia, quando cerca de mil trabalhadores votaram, conforme o JC divulgou.

Secretário de Administração, David José Françoso disse que o chefe do Executivo pediu para substituir o projeto de lei enviado à Casa de Leis na semana passada, que previa 1% de reajuste imediato e R$ 25,00 de abono neste mês e 1% de reposição e R$ 25,00 de abono em setembro, além do vale-compra de R$ 451,00 e abono natalino de 100%.

O texto que será protocolado na Câmara, agora, é uma das três propostas apresentadas – e já rejeitada pela categoria na semana passada. Ele concede 1,42% de reposição imediata, R$ 70,00 de abono não incorporado a partir de setembro, reajuste de 10% no vale-compra (de R$ 410,00 para R$ 451,00 a partir de 1 de março), 100% no abono natalino e reajuste no valor do abono (antigo vale refeição) de R$ 350,00 para R$ 360,00. “Para 92% dos servidores, esse percentual supera a inflação”, destaca Françoso, pontuando que a prefeitura esgotou todas as alternativas e não prevê novas propostas.

GREVE CONTINUA

Advogado do Sinserm, José Francisco Martins disse que três fatores influenciaram na queda da adesão à greve. “Já há um desgaste físico por parte dos servidores. A proposta do abono balançou um pouco os funcionários e também a divulgação da liminar”, elenca.

Mesmo assim, ontem, o advogado confirmou ao JC que a paralisação será mantida. Ele e outros representantes do sindicato se reuniram com o presidente da Câmara, Sandro Bussola, para que ele tente agendar uma reunião com Gazzetta ainda hoje.

“Queremos uma proposta melhor. Por ora, vamos continuar com o movimento. Se alguns setores entenderem que precisa rediscutir o reajuste, a gente se reúne amanhã (hoje). Caso contrário, esperaremos pelo possível encontro com o prefeito”, reforça Martins.

OUTRA INTERPRETAÇÃO

Até o final da tarde de ontem, o sindicato ainda não havia sido notificado oficialmente da liminar do Tribunal de Justiça do Estado.

O advogado ressalta, porém, que teve acesso ao teor do texto, que, segundo ele, não especifica quais secretarias precisam manter quadro de 70% de trabalho. “Fala no âmbito geral e isso já estamos cumprindo”, finaliza.

Fonte: https://www.jcnet.com.br/Geral/2018/04/adesao-a-greve-dos-servidores-municipais-cai-em-bauru.html

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