Cidade mais vacinada de SP, Botucatu destaca baixo impacto nas internações mesmo com alta de 700% nos casos

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Botucatu, que fez ação de vacinação em massa da dose adicional, tem a melhor cobertura do estado da terceira dose: 67,3% — Foto: Adolfo Lima/ TV TEM

A Prefeitura de Botucatu (SP) destacou que a alta taxa de vacinação contra Covid-19 da cidade vem evitando impactos nas internações, mesmo diante de um forte avanço no número de casos da doença, que cresceram mais de 700% na semana passada.

O município do centro-oeste paulista ostenta a posição de líder absoluto no estado em cobertura da dose de reforço da vacina contra o coronavírus, segundo a Secretaria de Saúde.

Na semana passada, foram confirmados em Botucatu 1.919 casos positivos da doença, o maior número de contaminações desde o inicio da pandemia. Desse total, 1.608 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Em comparação com a primeira semana do ano, quando foram relatados 238 casos, houve um aumento de 707%, segundo a Secretaria de Saúde do município.

O avanço de casos chama a atenção porque a cidade passou por uma vacinação em massa após ter sediado estudo clínico para avaliar a eficácia da vacina AstraZeneca e, por isso, é a líder estadual em cobertura com a dose de reforço, também aplicada em massa.

Segundo dados do Vacinômetro do governo de SP, até agora, 67,3% dos moradores de Botucatu já receberam a dose de reforço. Os números das demais aplicações também revelam uma excelente taxa de cobertura: são 94,3% dos botucatuenses que foram vacinados com a primeira dose e 90,9% dos moradores com o esquema vacinal completo (2ª dose ou vacina de dose única).

Apesar do expressivo aumento no registro de casos, o secretário municipal de Saúde, André Spadaro, destaca que a alta taxa de vacinação tem impedido que essa alta provoque impactos nas internações. Até esta segunda-feira (17), havia apenas três pacientes internados em enfermaria, com quadros leves.

“Por isso que a gente segue reforçando as medidas básicas de proteção, como uso de máscara, limpeza das mãos, isolamento, mas nosso enfoque de enfrentamento a essa onda são o aumento da testagem e, lógico, a vacinação”, explica Spadaro.

 

Segundo ele, Botucatu tem aplicado cerca de 1,5 mil testes rápidos por dia e vem incentivando que as pessoas que ainda não se vacinaram procurem os postos de saúde.

Segundo balanço da prefeitura, cerca de 16,8 mil botucatuenses que já poderiam receber a dose de reforço são considerados faltosos.

“A gente acompanha a pandemia nos Estados Unidos e Europa e o que acontece em Botucatu segue a tendência mundial, ou seja, a vacinação não está sendo capaz de segurar a alta taxa de transmissão da ômicron, mas onde se vacinou bem, como aqui, não houve impacto em casos graves, internações e mortes. Esses faltosos precisam se vacinar”, apela o secretário.

No último sábado (15), a prefeitura fez mais um mutirão de vacinação no sistema drive thru e pouco mais de 500 doses foram aplicadas, número considerado abaixo do esperado.

Crianças

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu iniciou nesta segunda-feira (17) a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos que possuem algum tipo de comorbidade ou deficiência permanente, e também crianças indígenas e quilombolas com a mesma idade.

Para a imunização, os pais ou responsáveis devem levar as crianças até o Espaço Saúde, localizado na Avenida Santana, 323, Centro, (ao lado do Samu), das 8h às 16h30.

Estudo da efetividade da AstraZeneca realizou vacinações em massa e, até agora, mais de 90% da população de Botucatu está com esquema vacinal completo — Foto: Gabriela Prado/TV TEM
Estudo da efetividade da AstraZeneca realizou vacinações em massa e, até agora, mais de 90% da população de Botucatu está com esquema vacinal completo — Foto: Gabriela Prado/TV TEM

No ato da vacina a criança precisa estar acompanhada dos pais ou responsáveis, ou apresentar Termo de Assentimento disponível no site da prefeitura, preenchido e assinado. Além disso, os pais devem levar o CPF da criança e o RG.

As crianças portadoras de comorbidades e deficiências precisarão também apresentar comprovantes clínicos, como receitas, indicação médica, comprovante do BPC (Benefício de Prestação Continuada), entre outros.

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