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Sonda da Nasa ‘toca’ o Sol pela primeira vez

“É um marco monumental para a ciência solar e um feito realmente extraordinário”, disse o astrofísico Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missão Científica da Nasa.

 

“Não apenas este marco nos proporciona uma compreensão mais profunda da evolução do nosso Sol e de seus impactos em nosso sistema solar, mas tudo o que aprendemos sobre nossa própria estrela também nos ensina mais sobre as estrelas no resto do universo”, completou.

Parker Solar Probe: Entenda missão da Nasa para explorar o Sol
Parker Solar Probe: Entenda missão da Nasa para explorar o Sol

Vento solar

 

Nour Raouafi, da Universidade Johns Hopkins e cientista de projeto da sonda Parker, descreveu o feito como “fascinantemente empolgante”.

Raouafi afirmou que a corona parece conter mais poeira do que se pensava. Segundo ele, futuros mergulhos na atmosfera solar ajudarão cientistas a entender melhor a origem do vento solar e como ele é aquecido e acelerado através do espaço.

Diferentemente da Terra, o Sol não tem uma superfície sólida. Mas tem uma atmosfera superaquecida, feita de material solar ligado a ele pela gravidade e forças magnéticas. O calor e a pressão empurram esse material para longe do Sol até que a gravidade e os campos magnéticos ficam fracos demais para contê-lo.

Esse fenômeno dá origem ao vento solar, que é um fluxo contínuo de partículas energéticas emitidas pela corona solar e que pode afetar as atividades na Terra, desde os satélites até as telecomunicações.

Sonda espacial da Nasa toca o sol pela primeira vez

Mergulhos na corona

 

Na realidade, a sonda já entrou na atmosfera solar em abril, na oitava aproximação que fez do Sol. Cientistas afirmaram que levou alguns meses para receber os dados e outros mais para confirmá-los.

Lançada em 2018, a Parker estava a 13 milhões de quilômetros do centro do Sol quando entrou pela primeira vez na atmosfera solar, e ali permaneceu por cerca de cinco horas.

A nave espacial mergulhou para dentro e para fora da corona pelo menos três vezes, se deslocando a mais de 100 quilômetros por segundo, de acordo com os cientistas.

Dados preliminares sugerem que a Parker também mergulhou na corona durante sua nona aproximação, em agosto, mas cientistas afirmaram que mais análises são necessárias. No mês passado, a sonda fez sua décima aproximação da atmosfera solar.

A Parker vai continuar se aproximando do Sol e mergulhando mais fundo na corona até sua órbita final em 2025.

Parker Solar Probe, missão da Nasa para o Sol — Foto: Claudia Ferreira/G1
Parker Solar Probe, missão da Nasa para o Sol — Foto: Claudia Ferreira/G1

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