Com macas até nos corredores, a unidade municipal oferecerá 52 vagas com suporte respiratório, sendo oito UTIs
O “mini hospital” de Bauru, denominação dada à junção do Pronto-Socorro Central (PSC) com o Posto de Atendimento da Covid-19 (PAC), dobrará o número de leitos para casos graves de Covid-19 até a próxima terça-feira (9). Com macas até nos corredores, as 26 vagas ofertadas pela instituição se transformarão em 52, sendo oito UTIs. A decisão da administração municipal foi tomada devido ao aumento dos casos críticos da doença e da taxa de ocupação das unidades hospitalares.
A informação foi prestada pela prefeita Suéllen Rosim. De acordo com ela, as vagas terão oxigênio. As de UTI contarão com todo o aparato necessário, incluindo respiradores, destaca ela.
Até esta mudança ser implementada, o local conta com unidades de pacientes graves e não UTIs. “Como o Estado ainda não criou os 112 leitos prometidos, nós precisávamos agir de outra forma”, explica.
Já o titular da Secretaria Municipal de Saúde, Orlando Costa Dias, explica que, desde a tarde de sexta-feira (5), o atendimento do “mini hospital” está restrito aos casos de politraumas extremamente graves e à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Os pacientes com Síndrome Respiratória Leve deverão procurar, preferencialmente, as unidades sentinelas da Covid-19: UBS da Vila Falcão, do Mary Dota e do Geisel. “É recomendado, ainda, evitar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que receberão as demais demandas do PS Central”, complementa.
Ainda segundo o secretário, a Saúde só aguarda a chegada dos antibióticos de largo espectro, a contratação de um fisioterapeuta 24 horas e o remanejamento de médicos que têm expertise para este tipo de atendimento para que os oito leitos de UTI, de fato, comecem a funcionar. A expectativa é de que isso ocorra a partir da próxima terça-feira (9).
‘BOOM’ DE CASOS
De acordo com a diretora do Departamento de Urgência Unidades de Pronto Atendimento (DUUPA), Alana Trabulsi Burgo, a medida se deu devido ao aumento de casos graves de Covid-19, que precisam das unidades hospitalares. Estas, por sua vez, estão com alta taxa de ocupação.
O PS Central já vinha atendendo apenas casos de traumas graves e, também, de Covid-19 desde o final de janeiro deste ano, em conjunto com o Posto Avançado Covid (PAC), após a criação do “mini hospital”, conforme o JC noticiou.
Agora, a unidade passa a ficar somente com os politraumas e casos graves de Covid-19. Conforme o JC divulgou, no “mini hospital” contava com 16 leitos para pacientes graves e dez para quadros mais leves. Todas as 26 vagas, que se transformarão em 52, passaram a se destinar a quem apresenta um estado clínico mais crítico.