Segundo IBGE, cidade registrou PIB de R$ 14,642 bilhões, mas perdeu quatro posições entre os locais com melhores resultados
Bauru registrou alta de 5,5% no valor do Produto Interno Bruto (PIB), mas regrediu no ranking das cidades com melhor desempenho no País. Segundo os dados mais recentes, divulgados nesta quarta-feira (16) pelo IBGE, Bauru deteve o 71.º melhor índice do Brasil em 2018, com PIB de R$ 14,642 bilhões. Porém, apesar de o acumulado em 2017 ter sido menor, de R$ 13,870 bilhões, naquele ano, a cidade havia alcançado uma posição melhor: 67.º lugar no ranking nacional.
“Os números mostram que a economia local cresceu, porém, em uma proporção menor do que algumas outras cidades, que acabaram ultrapassando Bauru no ranking. Considerando que, em 2018, a crise econômica do País já estava instaurada, esta perda de colocações pode estar associada ao fato de nossa cidade estar muito mais voltada aos setores de serviços e comércio e não da indústria”, observa o economista Mauro Gallo. Ainda assim, como tradicionalmente ocorre, Bauru se manteve na lista das 100 localidades brasileiras com os melhores resultados.
O PIB representa a soma do valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado período. Trata-se de um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia para mensurar a atividade econômica, que inclui o desempenho de setores como administração pública, agricultura, indústria, serviços e comércio.
E foram justamente estes dois últimos segmentos os que mais contribuíram para o desempenho de Bauru. No PIB de serviços (que inclui, também, o comércio), a cidade aparece na 49.ª posição entre todos os municípios brasileiros, com acumulado de R$ 9,164 bilhões – praticamente dois terços de seu PIB total.
PER CAPITA
Por outro lado, a cidade não figura, por exemplo, entre os 100 maiores PIBs da agropecuária e, na indústria, só alcança a 109.ª posição. O município também não consta da lista dos “100 mais” quanto ao PIB per capita, tendo ficado na 753.ª no Brasil e 134.ª no Estado. O valor alcançado foi de R$ 39.121,44 por habitante.
“Algo que gera bastante crescimento do PIB é o valor adicionado, ou seja, aquilo que é produzido na economia e que gera um valor adicional. No comércio, o valor adicionado é menor e, na indústria, maior. Seguramente, nas cidades em que há uma participação maior do setor industrial, houve um crescimento maior do valor adicionado e, por consequência, do PIB”, explica o economista.
Para 2019 e 2020, a expectativa é de que o resultado do PIB de Bauru, assim como no País, também não registre altas significativas. “Em 2019, o crescimento foi modesto e, em 2020, haverá queda no PIB, porém, abaixo do que chegou a ser projetado durante a pandemia. A previsão inicial era de 6%, depois passou a quase 12% e, agora, esperamos fechar o ano com queda de 4% a 4,5%”, analisa.
Ainda de acordo com Mauro Gallo, para 2021, a expectativa é de que o PIB cresça entre 3% e 3,5%, o que, na prática, deve fazer com que o PIB de Bauru e do País fiquem em valores próximos aos alcançados em 2018.
A projeção considera, entre outros aspectos, a previsão de que a população brasileira não seja vacinada em sua totalidade até o final deste próximo ano.
