Por que meditar é preciso

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Atitude e Meditação Marlene e Angela Maria Seabra

Os motivos benéficos para meditar são inúmeros: desde a melhora na qualidade do sono, redução do estresse e da ansiedade, melhor desempenho nas atividades físicas e da memória e aumenta até o tamanho do cérebro e a quantidade de neurônios. Estudo científico da Universidade de Harvard, comprovou isso em 2015 (laia mais no boxe abaixo). Mas se é tão benéfico, por que então é tão difícil meditar? Aliás, pra começo de conversa: o que é, afinal, essa tal meditação? Religião, seita, introspecção? Como se pratica? E por que tanta gente resolveu prestar atenção nisso agora?

“Meditar é aquietar a agitação mental”

Ninguém poderia apostar há 17 anos na mudança interior de Angela Maria Seabra. A engenheira se definia como “impulsiva, ansiosa, agitada, mandona, doente, enfim, eu era insuportável”, confessa com um sorriso de quem está muito de bem com a vida. Hoje, após passagens pela Índia já com pós-graduação em administração e ioga, administra a Escola de Yoga Bauru e dá cursos de yoga, reiki e, claro, ensina a prática da meditação.

Embora não seja da chamada linha de ascensão Ishaya, sua linha de ensinamento converge : “meditação é algo simples, fácil tão significativa quanto respirar”.

Angela define a meditação como “aquietar a agitação mental. O diálogo interno é pior que o externe e, muitas vezes prejudicial, cada vez mais as pessoas estão procurando e necessitando de uma conexão íntima mais profunda. Eu brinco, mas é verdade, temos dentro de nosso cérebro macaquinhos bêbados ou cavalos selvagens, é preciso domá-los”.

E por que razão isso acontece? “Porque a gente nunca está no presente. Ficamos aqui, agora, bem pouco. Ou a gente está no passado, o que ocorre em 80% dos casos ou no futuro, em 12% e damos bem pouca importância ao agora”. Então meditar é isso, prestar atenção no agora, silenciar todo o resto. “Sim, a começar pela respiração, o inspira, expira, prestando atenção no que te dá a vida. Eu dou um exemplo simples: é como cortar couve como uma faca afiada: se você divagar, lá se vai um pedaço do dedo, você tem que estar 100% no ato de cortar couve”, assim é meditar, assim é viver.

Há várias linhas e não é religião, nada disso, embora várias religiões preguem a importância de meditar. O curso que ministra se chama “Meditação das Diversas Tradições’, onde mostra mais de 30 técnicas e não há uma melhor, nem mais certa do que a outra. “Apenas, você tem que encontrar a melhor para você, conhecer várias técnica que encontre uma para chamar de sua”, resume. Um exemplo: ‘sentar-se e prestar atenção num ponto entre nossos próprios olhos, entre as sobrancelhas, respira e foca nelas e se o pensamento divagar, volta, foca, foca, foca quantas vezes for necessário”. Ou para não pensar em nada: contar números, o pensamento divagou? Perdeu a contagem? Volta e começa de novo.

Para ela há duas condições para a prática: disciplina e determinação. E só faz uma objeção: não meditar deitado, porque daí você relaxa e não medita.

Ciência comprova o aumento do cérebro

Não, não é figura de linguagem, não é que sua mente se abre (isso também, claro), mas sim, sua massa cerebral fica maior e seus neurônios aumentam. Quem provou isso em 2015 foi a equipe de Sara Lazar, neurocientista do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina de Harvard. Adepta da meditação receitada fisioterapia para ajudar sua recuperação física (ela é maratonista), concluiu que os benefícios foram tão grandes que deveria haver uma explicação científica. E com o uso de tomógrafos computadorizados provou que a meditação pode literalmente mudar a estrutura do cérebro. Sabe aquela massa cinzenta? Pois ela fica maior, o cérebro aumentava de volume à medida em que os voluntários do experimento iam praticando E mais: o número de neurônios também cresceu. Os benefícios foram maiores especialmente a partir de quem fazia meditação diária por 27 minutos ou mais.

E, ao contrário do que pensamos, o cérebro não envelhece na “velhice”, ele começa a definhar, por volta dos 25 anos, literalmente murcha. Então, a indicação médica é que se pratique a meditação já a partir da vida adulta.

O agradecimento da futura mestre

Os motivos benéficos para meditar são inúmeros: melhora a qualidade do sono, reduz o estresse e a ansiedade, melhora o desempenho nas atividades físicas, a memória e aumenta até o tamanho do cérebro e a quantidade de neurônios. Estudo científico da Universidade de Harvard, comprovou

isso em 2015 (leia mais no boxe abaixo). Mas se é tão benéfico, por que é tão difícil meditar? Aliás, para começo de conversa: o que é, afinal, essa tal meditação? Religião, seita, introspecção? Como se pratica? E por que tanta gente resolveu prestar atenção nisso agora?

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